Influencer que perdeu o lábio por uso de PMMA mostra rosto após cirurgias de reconstrução

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A influenciadora digital Mariana Michelini, 36 anos, mostrou o antes e depois das várias cirurgias de reconstrução que realizou. A mulher perdeu parte do lábio devido a aplicações de PMMA.

Reprodução: Instagram

O processo de reconstrução começou em dezembro de 2023, em Palhoça e Araranguá, ambas cidades localizadas em Santa Catarina. Mariana não usa mais máscara para sair de casa, passou por uma transformação no cabelo e está, enfim, recuperando sua autoestima após o incidente.

“Já comprei um batom vermelho para usar no final de tudo e ser um momento especial”, celebrou ela, ao g1.

A influencer vem compartilhando sua batalha nas redes sociais. Com o resultado dos três enxertos, agora é a fase em que ela precisa de acompanhamento com uma dermatologista para realizar procedimentos menos invasivos, como preenchimentos com ácido hialurônico e laser para tratar fibrose. “Minha vida social está retomando. Consigo sair e me sentir melhor, me maquiar”, comenta.

Problema começou em 2020

Mariana foi enganada pela profissional e, ao invés de realizar a aplicação com ácido hialurônico, foi colocada na boca da paciente uma substância permanente chamada PMMA, conhecida por causar diversas complicações na saúde. Meses depois, houve uma inflamação e ela precisou retirar o lábio.

Agora, quando chegar ao fim dessa etapa de preenchimentos e sessões de laser – o que ainda não tem data definitiva para acabar -, o lábio de Mariana irá ganhar mais cor e contorno com uma micropigmentação. “Ela criará uma camada, para que o batom possa ‘pegar’ melhor. Mas, enquanto isso não acontece, eu uso lápis labial e gloss”, explicou.

Reprodução: Instagram

O lábio da paciente possui retalhos da sua própria língua, órgão naturalmente utilizado para realizar os enxertos -, por isso também tem uma textura diferente da que tinha antes.

O PMMA, ou polimetilmetacrilato, é uma substância plástica de caráter permanente, utilizada como preenchedor, às vezes de forma indiscriminada devido a seu baixo custo, o que pode gerar reações adversas e que podem surgir anos após a aplicação.

Na medicina, a substância é utilizada desde a década de 1940, como cimento ósseo, especialmente na cirurgia craniofacial e cirurgias ortopédicas.

O uso do produto para fins estéticos não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), mesmo que tenha liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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