Muitos até conseguem um bom resultado com a harmonização facial. Outros, no entanto, têm algumas complicações graves. Este é o caso de Mariana Michelini Redigolo: a jovem perdeu o lábio superior após realizar o procedimento.
A harmonização facial de Mariana foi realizada por uma dentista de Matão, município de São Paulo, há quatro anos. No momento, Mariana foi informada que apenas o ácido hialurônico seria utilizado, mas não houve nenhuma orientação sobre os riscos do produto.
A substância foi aplicada nos lábios, queixo e maçãs do rosto da moça. Seis meses após o procedimento, ela acordou inchada e com o rosto muito vermelho. A influencer procurou ajuda médica e descobriu que uma substância plástica, o polimetilmetacrilato (PMMA), não indicada para a operação, foi aplicada na face no lugar do ácido hialurônico.
Mariana passou pela retirada do produto, mas teve que remover também parte do lábio superior. Com mais de dois anos de recuperação e muitas dores e traumas, a jovem começa, aos poucos, a realizar a reconstrução. A influencer recorreu a sessões de câmara hiperbárica para auxiliar na cicatrização e regeneração do rosto.
Pouco tempo depois, no entanto, ela descobriu que o produto plástico havia migrado para outras partes do seu corpo. Foi aí que a criadora de conteúdo digital precisou ir até Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a um cirurgião especializado na remoção de PMMA.
Para arcar com as despesas médicas, passagens e estadia durante o tratamento, Mariana realizou rifas. Como a substância destruiu células do rosto da mulher e causou uma piora na inflamação, a equipe médica optou por fazer a retirada de parte dos lábios e buço.
“Mesmo me vendo deformada, foi feito o melhor possível. Continuei trabalhando do mesmo jeito, de máscara e, inclusive, não saio sem, por vergonha, mesmo todo mundo já sabendo. Resolvi criar meu canal no YouTube para contar às pessoas, deixar o alerta para pesquisarem profissionais e contar a minha vida como estava sendo”, relatou Mariana nas redes sociais.
Recuperação
Mariana admitiu que tentou evitar a cirurgia o quanto pôde, mas chegou um momento que tornou-se inviável.
A recuperação pode durar anos. “(Por 15 meses) tentei evitar a cirurgia, até que não teve jeito. Tirei alguns fragmentos, pequenos pedacinhos, até que a cirurgia foi a melhor indicação.
Além de tudo, seria a solução para amenizar a dor. Pessoalmente, é muito difícil ver uma mulher perder, aos poucos, a autoestima. Agora a Mari está na fase de reconstrução, que será feita aos poucos, com calma, e pode demorar alguns anos.
Depois, eu volto a tratar das cicatrizes, o que demora por volta de nove meses até conseguirmos um bom resultado”, detalhou o médico de Mariana, Dr. Carlos Roberto Antônio, em entrevista à Marie Claire.