A anemia aplástica é uma doença que afeta a medula óssea e, consequentemente, a composição do sangue, que passa a apresentar um número reduzido de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, o que determina um quadro clínico chamado de pancitopenia.
Na anemia aplástica, a medula óssea torna-se incapaz de produzir células sanguíneas funcionais, em quantidades suficientes.
Por causa disso, começam a se desenvolver alguns sinais e sintomas típicos de anemia, como fraqueza, palidez, cansaço exagerado, aparecimento de manchas roxas na pele e maior frequência de infecções, dado o enfraquecimento do sistema imune.
Veja mais detalhes sobre a anemia aplástica, os principais sintomas, as possíveis causas e como são feitos o diagnóstico e o tratamento.
A anemia aplástica, também conhecida como aplasia medular, é uma doença que causa a redução no número de células sanguíneas, por causa da danificação ou supressão das células precursoras (células-tronco) na medula óssea, que são aquelas que darão origem às células sanguíneas maduras.
A anemia aplástica pode causar uma redução global (pancitopenia) de todas as linhagens de células, que são os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas, ou uma redução seletiva, de apenas um ou dois tipos de células sanguíneas.
A baixa contagem de glóbulos vermelhos no sangue dá origem à anemia. Com menos glóbulos vermelhos circulando no sangue, menos oxigênio chega aos órgãos do corpo, pois é a hemoglobina que está presente nos glóbulos vermelhos que tem a função de captar o oxigênio nos pulmões e entregá-lo às outras partes do corpo.
É por isso que quando uma pessoa tem anemia, ela se sente mais fraca, tem dificuldades para respirar, sente tontura e dor de cabeça, pois há menos oxigênio circulando em seu corpo.
Já a falta de plaquetas no sangue deixa a pessoa mais suscetível a hemorragias, pois esses elementos desempenham um papel central na coagulação do sangue. Então, um simples corte pode ser o suficiente para a pessoa ter um sangramento excessivo. Veja o que pode significar estar com níveis altos ou baixos de plaquetas.
A baixa contagem de glóbulos brancos (leucócitos), por sua vez, torna a pessoa mais vulnerável a sofrer com infecções recorrentes, pois o funcionamento do sistema de defesa (sistema imunológico) fica prejudicado com a falta dessas células.
Os sinais e sintomas da anemia aplástica são decorrentes da redução do número das células sanguíneas circulantes no sangue, sendo os principais:
O primeiro exame realizado quando se desconfia de anemia aplástica é o hemograma, que permite verificar a contagem de células sanguíneas, ou seja, dos glóbulos vermelhos e brancos e, também, das plaquetas.
O que se observa na anemia aplástica é que a contagem dessas linhagens celulares encontra-se abaixo dos níveis normais.
Para confirmar o diagnóstico de anemia aplástica, o médico ou médica solicita um mielograma, que consiste em uma análise do líquido retirado do interior da medula óssea, por meio de uma punção aspirativa na crista ilíaca (quadril) ou no esterno (osso do peito).
Neste mesmo exame, é possível que se extraia um fragmento de osso da medula óssea, para submetê-la a um exame de biópsia.
O objetivo com o mielograma é observar como está a produção de células pela medula óssea, analisando a qualidade das células precursoras produzidas, ou seja, se há alguma alteração na forma, no tamanho, na quantidade, no nível de maturação das células e se há algum sinal de câncer (leucemia).
Em casos de suspeita de anemia aplástica congênita (anemia de Fanconi), podem ser feitos outros exames para avaliar como estão as funções dos rins e das vias urinárias.
A anemia aplástica pode ser congênita ou adquirida, no primeiro caso a criança já nasce com o problema e, no segundo, a pessoa o desenvolve em algum momento da vida.
A anemia aplástica congênita tipo Fanconi é uma doença genética rara, causada por mutações em genes responsáveis por reparos no DNA, replicação dessa molécula e outros processos que ocorrem dentro de uma célula.
A anemia aplástica adquirida pode ter relação com a exposição a alguns agentes químicos, fármacos e vírus.
A seguir, estão alguns fatores de risco dentro das categorias citadas, que podem estar associados com o desenvolvimento de anemia aplástica:
Também existem os casos de anemia aplástica idiopática, quando não é possível determinar a causa da doença. Nesses casos, o médico ou a médica passa a investigar a existência de alguma doença autoimune, que possa causar a supressão das células precursoras na medula óssea.
O tipo de tratamento escolhido para a anemia aplástica depende do grau da doença.
Os objetivos dos tratamentos para anemia aplástica são o alívio dos sintomas e o estímulo da medula óssea, para que produza as células sanguíneas em quantidades suficientes e funcionais, ou seja, capazes de desempenhar suas funções no organismo.
O alívio dos sintomas de anemia pode ser obtido por meio da transfusão sanguínea, com a qual células sanguíneas e plaquetas numerosas e funcionais são injetadas na circulação da pessoa afetada pela anemia aplástica.
Com a melhor entrega de oxigênio aos órgãos e tecidos do corpo sendo feita pelas células sanguíneas do doador ou doadora, a pessoa tem uma melhora do seu quadro de anemia.
Como o sistema imunológico fica debilitado, a pessoa com anemia aplástica sofre com mais infecções, por isso pode ser tratada com antibióticos para combater ou prevenir infecções bacterianas.
O tratamento também inclui medicações para estimular a atividade da medula óssea, como a oximetolona, a corticoterapia, o ácido fólico, o Danazol e algumas vitaminas, que podem ajudá-la a produzir células sanguíneas em maior quantidade e funcionais.
A cura da doença, no entanto, só é atingida com o transplante de medula óssea, que é um procedimento em que a pessoa recebe células precursoras de um doador ou doadora compatível. Essas células precursoras saudáveis vão para a medula óssea do paciente e passam a gerar novas linhagens celulares sadias e funcionais.
Ao receber o diagnóstico e um plano de tratamento para a anemia aplástica, é preciso ter em mente que serão necessárias algumas mudanças no estilo de vida, para que os efeitos do tratamento e as respostas do organismo sejam as melhores possíveis, garantindo uma boa qualidade de vida.
Essas mudanças na rotina servem para evitar infecções, sangramentos e piora dos sintomas de anemia:
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