Plaquetas altas ou baixas – O que pode ser e tratamento

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Ter níveis normais de plaquetas no sangue é fundamental para a coagulação. Saiba então o que pode ser e qual é o tratamento para plaquetas altas ou baixas.

As plaquetas são componentes essenciais do nosso sangue. De fato, elas são as células responsáveis por curar feridas e evitar a perda de sangue excessiva.

Assim, quando há um sangramento, ocorre a ativação das plaquetas. São elas que permitem a formação de um coágulo sanguíneo – responsável por interromper possíveis hemorragias e a perda de grandes volumes de sangue.

Por isso, é sempre bom garantir por meio de um exame de sangue completo que os seus níveis de plaquetas estão bons.

Plaquetas altas ou baixas

células sanguíneas

As plaquetas (ou trombócitos) são fragmentos de células produzidas na medula óssea que compõem o sangue.

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De acordo com uma publicação da revista científica Haematologica de 2014, o valor de referência considerado normal é de 150.000 a 400.000 plaquetas por microlitro de sangue (plaquetas / mcL).

Sendo assim, qualquer valor abaixo de 150.000 plaquetas / mcL caracteriza a trombocitopenia. Por outro lado, ter plaquetas altas acima de 400.000 plaquetas / mcL pode indicar trombocitose.

Tais alterações sugerem problemas na coagulação no sangue. Aliás, veja também o que mostra um coagulograma completo.

Quando as plaquetas estão altas, isso significa que você tem um risco maior de ter coágulos sanguíneos – que elevam o risco de complicações como a trombose, por exemplo.

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Por outro lado, plaquetas baixas indicam um risco alto de sangramento. De fato, nenhum desses cenários é bom para a saúde.

Portanto, vale a pena fazer seus exames de rotina e verificar com o seu médico quais as possíveis causas dessas alterações na contagem de plaquetas.

O que pode ser

amostra para exame de sangue

Depois de fazer um hemograma completo e alguns exames complementares, o médico pode fechar o diagnóstico. No caso das plaquetas altas (trombocitose), as possíveis causas incluem:

  • Recuperação do corpo após uma lesão;
  • Perda de sangue recente depois de uma cirurgia;
  • Deficiência de vitamina B12;
  • Falta de ferro no organismo;
  • Uso de contraceptivos;
  • Atividade física ou esforço muito intenso;
  • Tabagismo;
  • Anemia;
  • Infecções;
  • Estresse;
  • Inflamação no corpo de longa duração.

Aliás, há também a chance de ser apenas um caso de trombocitemia essencial, isto é, quando a medula produz plaquetas em excesso sem que isso seja um problema para sua saúde.

Por outro lado, as plaquetas baixas podem indicar as possíveis causas:

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  • Infecções virais como por exemplo a dengue, o sarampo e a hepatite;
  • Uso de certos remédios como a aspirina, alguns antibióticos, os diuréticos e os bloqueadores H2;
  • Anemia aplástica;
  • Outras infecções;
  • Tratamento quimioterápico;
  • Problemas no fígado ou no baço;
  • Doenças autoimunes;
  • Câncer;
  • Úlceras estomacais.

O grande problema da baixa contagem de plaquetas é o risco de sangramento e problemas na circulação sanguínea por causa da falta de células sanguíneas.

De qualquer forma, é importante investigar a causa e iniciar o tratamento o quanto antes.

Tratamento para plaquetas altas ou baixas

Logicamente, o tratamento vai depender do tipo de alteração nas plaquetas e também na origem do problema. Geralmente, é preciso realizar mais exames para descobrir a causa.

Quando as plaquetas estão muito baixas, o tratamento pode contar com:

  • Interrupção no uso de remédios que afinam o sangue, como por exemplo a aspirina e o ibuprofeno;
  • Esteróides;
  • Imunoglobulina;
  • Transfusão de sangue;
  • Remoção do baço;
  • Mudanças de hábitos como parar de fumar e de consumir álcool.

Mas, quando as plaquetas altas são o problema, as opções de tratamento podem incluir:

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  • Uso preventivo de aspirina para reduzir o risco de coágulos e trombose;
  • Tratamento com hidrouxireia, remédio que diminui a produção de células sanguíneas;
  • Uso de anticoagulantes prescritos por um médico.

De qualquer forma, é importante repetir os exames periodicamente para checar como está a contagem de plaquetas e garantir que a circulação sanguínea está adequada para sua saúde.

Vídeo

Aliás, alterações nas plaquetas podem mexer com o sistema imune. Por isso, para ajudar a deixar a sua imunidade bem forte, confira as dicas da nossa nutricionista no vídeo abaixo:

Fontes e referências adicionais

Seu exame de contagem de plaquetas está em dia? Alguma vez já deu alteração? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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1 comentário em “Plaquetas altas ou baixas – O que pode ser e tratamento”

  1. Meu último hemograma deu uma hg de 13, e plaquetas de 446.000. Como não é nada gritante, nem me preocupei.

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