Uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido realizou um experimento revolucionário que pode ajudar a aumentar a compreensão sobre doenças genéticas e abortos espontâneos.
Na pesquisa, foram criadas versões sintéticas de embriões humanos a partir de células-tronco, sem a necessidade de óvulos ou espermatozoides. Você sabia que as células-tronco também são estudadas para calvície?
Características e limitações dos embriões sintéticos
Embora esses embriões sintéticos se pareçam com embriões reais em estágios iniciais de desenvolvimento, eles não possuem todas as características de um embrião natural. Por exemplo, eles não têm um coração em funcionamento nem uma estrutura cerebral.
No entanto, esses modelos sintéticos contêm células que em gestações humanas, posteriormente, dariam origem à placenta, ao saco vitelino e ao próprio embrião.
Ainda não se sabe se essas estruturas poderiam continuar a se desenvolver se fossem implantadas em um útero humano. De qualquer maneira, é considerado ilegal realizar esse tipo de procedimento.
A equipe responsável pela pesquisa tem como objetivo compreender por qual motivo algumas gestações não dão certo, uma preocupação cada vez mais relevante devido ao aumento do uso de métodos de fertilização assistida. Além disso, espera-se que o experimento possa contribuir com o estudo de doenças genéticas. Saiba os sinais do aborto espontâneo, causas e o que fazer.
Debates éticos e legais em torno dos embriões sintéticos
A pesquisa tem gerado discussões éticas e legais, ainda que não haja planos de utilização clínica dos embriões sintéticos no momento.
Embriões naturais fertilizados em laboratório a partir de óvulos e espermatozoides só podem ser cultivados legalmente por um período de até 14 dias. Por outro lado, não há legislação específica para cobrir os embriões sintéticos do estudo, que teriam sido cultivados além desse limite, chegando ao estágio chamado de gastrulação.
Nessa etapa, o embrião deixa de ser um conjunto de células idênticas e começa a formar unidades distintas, que mais para a frente, darão origem às estruturas básicas para o desenvolvimento de um feto. As informações são do VivaBem UOL.
É essencial que haja um debate amplo sobre ética e leis para estabelecer diretrizes claras e garantir o uso responsável dessas tecnologias.
À medida que se progride nesse campo científico complexo, é importante equilibrar os potenciais benefícios, como a compreensão de doenças genéticas e o avanço dos tratamentos médicos, com a necessidade de respeitar princípios éticos e preservar a integridade da vida humana.
Um diálogo amplo e inclusivo entre cientistas, especialistas em ética, legisladores e a sociedade em geral é crucial para garantir que esses avanços científicos sejam conduzidos com responsabilidade e em benefício da humanidade como um todo.