Cientistas Desenvolvem Arroz Modificado que Neutraliza Vírus do HIV

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Uma equipe internacional de pesquisadores surgiu com uma solução inovadora para a pandemia do HIV – arroz geneticamente modificado.

O arroz transgênico já foi desenvolvido para combater a desnutrição e a mudança climática. Agora, cientistas dos EUA, do Reino Unido e da Espanha desenvolveram uma nova variedade para controlar os sintomas do HIV em países onde os medicamentos tradicionais podem ser de difícil acesso. Os resultados de um novo estudo foram publicados no Proceedings of National Academy of Sciences.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 36,9 milhões viviam infectadas pelo vírus HIV em todo o mundo, das quais 25.700.000 estavam na África. Apesar de a taxa de incidência do vírus ter apresentado uma queda desde a epidemia da década 1980, na África, mais especificamente, sua incidência ainda é alarmante.

Hoje, novas drogas e vacinas experimentais para prevenir e gerenciar o vírus do HIV estão em desenvolvimento. E além dos métodos de educação sexual e medicação oral, para controlar a propagação do vírus, a luta contra a AIDS acaba de ganhar um novo aliado: um tipo de grão de arroz geneticamente modificado.

Apenas uma pessoa já foi totalmente curada, mas os pacientes com HIV geralmente tomam uma droga anti-retroviral que impede que o vírus se replique dentro do corpo, essencialmente protelando o início da AIDS. Se tratado adequadamente, o vírus pode ser controlado e os pacientes podem esperar uma vida longa e saudável. A equipe afirma que o arroz transgênico pode oferecer uma solução efetiva – e acessível – para pacientes HIV positivos em países em desenvolvimento.

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Esse grão luta contra a AIDS através da atuação de três proteínas que são produzidas por ele – o anticorpo monoclonal 2G12 e as lectinas griffithsin e cyanovirin-N -, cujos testes preliminares in vitro mostraram ligar-se à glicoproteína gp120 (que permite que o vírus HIV atinja células) e neutralizarem o vírus.

Essas sementes podem ser moídas para formar uma pasta que pode ser aplicada como um creme tópico, que contrabalança o vírus da mesma maneira que os medicamentos antivirais orais.

É importante ressaltar, segundo os cientistas, que essa é uma forma eficaz e financeiramente acessível de garantir que pessoas com AIDS em regiões mais pobres tenham uma melhor qualidade e expectativa de vida, já que as sementes podem ser produzidas no local por quase nenhum custo, tornando o tratamento extremamente acessível para aqueles que poderiam ter que viajar quilômetros para chegar a uma clínica médica.

As sementes de cereais, explicam os pesquisadores, são alguns dos materiais mais adequados para a produção de medicamentos, porque a infraestrutura já está lá.

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Há alguns obstáculos, entretanto, que os pesquisadores terão que ultrapassar antes que o arroz geneticamente modificado se torne amplamente disponível. Os cientistas terão primeiro que comprovar que não há efeitos colaterais prejudiciais, até porque muitas pessoas torcem o nariz para o termo “geneticamente modificado”, e em segundo lugar, terão que cumprir as várias restrições regulatórias em vigor nos países que esperam alcançar – mas os resultados até agora são promissores.

“Esta estratégia inovadora é, de forma realista, a única maneira de os coquetéis serem fabricados a um custo baixo o suficiente para países em desenvolvimento, onde a profilaxia do HIV é mais procurada”, explicam os autores do estudo em artigo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences.

Você acredita que essa descoberta dos cientistas pode mesmo revolucionar a luta contra a AIDS? Conhece alguém que tenha sofrido com a doença? Comente abaixo!

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