O exame de sangue T3 faz a dosagem de triiodotironina (T3) no sangue. O T3 e o T4 (tiroxina) são os principais hormônios produzidos pela glândula tireoide, um pequeno órgão com formato de borboleta que se localiza na traquéia, na região do pescoço.
Cerca de 80% dos hormônios produzidos pela tireoide são T4 e apenas 20% são T3. Mas, grande parte dos hormônios T4 são convertidos em T3 no fígado e em outros órgãos, pois esta é a forma ativa do hormônio.
A maioria do T3 circulante no sangue não está livre, mas ligada a proteínas. O exame T3 pode dosar tanto a quantidade ligada e não ligada (T3 total), quanto apenas o T3 livre, ou seja, não ligado.
Veja para que serve o exame T3, quando ele é solicitado e como entender os seus resultados.
Os hormônios T3 e T4 regulam o nosso metabolismo, que é a forma como as células utilizam a energia. A produção desses hormônios é controlada por um mecanismo que inclui o sistema nervoso, por meio de uma glândula que fica no cérebro, a hipófise.
Quando os níveis de T3 e T4 estão baixos no sangue, a hipófise libera o hormônio tireoestimulante (TSH), que estimula a produção dos hormônios tireoidianos.
Existem disfunções que causam um excesso desses hormônios no sangue, o que resulta em sintomas típicos do hipertireoidismo, como olhos secos, saltados e perda de peso. Quando os níveis estão muito baixos, os sintomas são característicos de hipotireoidismo, por exemplo, ganho de peso, constipação e fadiga.
O exame T3 serve para avaliar como está o funcionamento da glândula tireóide. Sua principal utilidade é auxiliar no diagnóstico de hipertireoidismo, mas também pode ser usado para acompanhar o estado de saúde de uma pessoa diagnosticada com alguma doença da tireoide.
Geralmente, o médico ou médica solicita o exame T3, quando identifica alterações no exame T4 e no exame TSH. Nessa solicitação, podem ser incluídos tanto o T3 total, quanto o T3 livre.
No resultado do exame T3 total pode haver a interferência das proteínas ligadas ao T3. No exame T3 livre, isso não acontece.
Como uma das causas para o hipertireoidismo é uma doença autoimune chamada Doença de Graves, pode ser feito, juntamente com o exame T3, o exame de anticorpos tireoidianos, que possibilita a identificação da causa do hipertireoidismo.
Além das alterações nos exames T4 e TSH, o exame T3 é solicitado quando a pessoa chega ao consultório médico relatando sintomas sugestivos de hipertireoidismo, como:
Às vezes, o exame T3 é usado para monitorar algum doença da tireoide e, também, para acompanhar a resposta da pessoa ao tratamento de hipertireoidismo. Nesses casos, o exame é feito em intervalos estabelecidos pelo médico ou médica responsável.
Os resultados do exame T3 são analisados em conjunto com o T4 e TSH:
Se uma pessoa diagnosticada com hipertireoidismo, que está sendo tratada com medicação antitireoidiana, tem seus níveis de T3 normalizados, significa que o tratamento está sendo eficaz.
Os níveis de T3 são considerados normais, quando estão dentro do intervalo de 100 a 200 ng/mL, mas essa faixa pode variar de laboratório para laboratório, dependendo do método de dosagem utilizado.
Alguns medicamentos como pílulas anticoncepcionais, estrogênio e aspirina podem influenciar nos resultados do exame.
Pacientes hospitalizados geralmente produzem menos T3 a partir do T4, por conta do estado geral de saúde que está afetado.
Mulheres grávidas podem produzir mais T3, sem que isso tenha relação com o hipertireoidismo.
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