Que desculpa você já usou para faltar a um dia de treinamento na academia? Dor de cabeça? Cansaço? Correria? Trabalho acumulado? Pois para Luke Ericson nem o fato de ter nascido sem parte do lado esquerdo do corpo serviu de justificativa para que ele deixasse a malhação de lado.
Desde criança se recusava a se contentar com a sua condição e a escolher o caminho mais fácil e sempre queria fazer as coisas por conta própria. Hoje, já adulto, o rapaz que mora no Havaí se dedica à missão de mostrar a outras pessoas que possuem algum tipo de deficiência que elas devem perseverar, nunca desistir e ser a melhor pessoa que puderem ser.
Há bastante tempo o atleta já vem malhando na academia, mas há aproximadamente dois anos atrás ele começou a treinar Crossfit e até participa de concursos internacionais. Como você pode ver no vídeo abaixo, em que ele também fala um pouco sobre sua condição. As habilidades de Luke são de impressionar muita gente:
Além de ter nascido sem o braço esquerdo e com a maior parte do pulmão esquerdo faltando, o rapaz desenvolveu escoliose e há oito anos foi diagnosticado com diabetes tipo 1.
O rapaz também relatou algumas das dificuldades enfrentadas para se adaptar na academia. Ele disse que precisou fazer muitas coisas diferentes como diminuir os pesos e mudar os movimentos de modo que pudesse fazer os exercícios apenas com um dos braços.
Até que no ano passado, o atleta decidiu que era o momento de parar de colocar limites para si mesmo e começou a treinar no mesmo nível que as outras pessoas. “Eu geralmente recebo olhares estranhos quando coloco os halteres no chão e vou para a barra fazer um levantamento de peso ou agachamento, mas eu nunca deixo que esses olhares me abatam”, completou.
Luke não deixa que os olhares estranhos recebidos na academia o abatam
Como nada disso serviu como barreira para o rapaz, agora juntamente com o amigo e videógrafo Andrew Rizer ele começou um projeto de produzir um documentário de 10 minutos retratando a sua preparação para o Festival de Fitness Wodapalooza, que ocorreu em Miami, com o objetivo de contar a suas experiências e continuar a inspirar outras pessoas.
“Todos os dias eu recebo mensagens e cartas contando como a minha história inspirou e encorajou outros a lutar contra as suas próprias barreiras e colocar suas vidas de volta aos trilhos. É por isso que eu continuo em frente. Para as pessoas cujas vidas eu posso fazer ao menos uma pequena diferença, eu faço isso por eles. E a produção do documentário me ajudará a continuar a fazer isso. Esse filme alcançará centenas de milhares de pessoas com a minha história”, explicou o atleta.
Para arrecadar fundos e seguir em frente com o projeto, Luke abriu uma página em um site de financiamento coletivo, com o objetivo de conseguir $ 2.500. A quantia foi alcançada em 19 de janeiro.
Em novembro do ano passado, o atleta participou da competição de fitness Working Wounded e chamou bastante atenção nas mídias sociais, tanto que teve seus vídeos compartilhados e curtidos nas redes mais de 300 mil vezes.
Ele então foi convidado para o campeonato de Miami, um evento de três dias – que aconteceu entre 16 e 18 de janeiro – que contou com a participação de mais de 1.100 atletas de oito países. Andrew filmou tanto a preparação quanto a performance de Luke na competição para o documentário produzido pelos dois.