A ligação científica entre o álcool e o câncer de mama é forte, mas a maior parte da pesquisa que apoiava essa relação havia sido feita em mulheres brancas, não grupos diversificados de mulheres.
Agora, em uma nova análise publicada em Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, os cientistas encontraram o mesmo risco entre as mulheres negras. Eles estudaram mais de 22.000 mulheres no African-American Breast Cancer Epidemiology and Risk Consortium, em que as mulheres responderam questionários sobre seus hábitos de consumo de álcool.
Suas respostas foram correlacionadas com registros de diagnósticos de câncer de mama. As mulheres que relataram beber mais de sete bebidas alcoólicas por semana tinham um maior risco de câncer de mama de quase todos os tipos, em comparação com as mulheres que bebiam menos. As mulheres que bebiam 14 ou mais bebidas alcoólicas semanalmente tiveram uma chance 33% maior de desenvolver câncer de mama do que as mulheres que bebiam quatro ou menos bebidas por semana.
Os resultados reforçam o que já se sabe sobre o álcool como fator de risco para o câncer de mama. Os pesquisadores acreditam que seu consumo pode aumentar os níveis de estrogênio, que então alimentam certos tipos de câncer de mama. Em alguns casos, o álcool também pode danificar o DNA nas células da mama, causando-lhes um crescimento anormal.