MIT e Harvard Desenvolvem Máscara que Acende Quando Detecta o Coronavírus

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A pandemia do novo coronavírus tem trazido muitos desafios para todo o mundo. Além da dificuldade de controlar a propagação do vírus, o elevado número de mortes que ele provoca, o fato de ainda não ter sido encontrada um medicamento ou vacina para o novo coronavírus, apesar dos testes em andamento, e os problemas econômicos indiretamente gerados pelo vírus, outro grande desafio é a falta de testes suficientes para toda a população.

De acordo com o que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus advertiu, em pronunciamento feito no mês de março, a realização de testes para COVID-19 (nome dado à doença provocada pelo novo coronavírus) também é muito importante para evitar que o vírus circule ainda mais.

Afinal, ao saber se determinada pessoa foi infectada pelo novo coronavírus, é possível colocá-la em isolamento, impedir que ela tenha contato com outros e transmita o novo coronavírus para outras pessoas. Inclusive, a falta de um número suficiente de testes é um dos motivos para recomendar que a população fique em casa e só saia quando estritamente necessário, já que alguns infectados podem ser assintomáticos (não apresentar sintomas) e espalhar o novo coronavírus mesmo sem saber.

Uma máscara de proteção que está sendo desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ambos nos Estados Unidos, poderá ajudar bastante nessa questão de falta de um número suficiente de testes para o novo coronavírus.

Isso porque ela também será capaz de detectar se uma pessoa está contaminada ou não com o vírus causador da COVID-19. A tal máscara funcionará assim: sempre que a pessoa infectada pelo novo coronavírus tossir, espirrar ou respirar, uma luz fluorescente será acendida. Os sensores do equipamento são constituídos de material genético (DNA e RNA) que se ligam a um vírus.

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Esses sensores de identificação precisam de dois elementos para que sejam ativados: a umidade, que pode ser adquirida por meio da saliva, e a detecção da sequência genética do vírus. O sequenciamento do genoma do novo coronavírus ocorreu em janeiro em um laboratório em Xangai, na China, e é com base nele que a máscara para testar COVID-19 será construída.

O material é congelado no tecido da máscara através de um aparelho chamado de liofilizador, que traga a umidade do material genético sem matá-lo. Ele pode permanecer estável em temperatura ambiente por meses, o que faz com que a máscara tenha uma boa vida útil.

O professor de bioengenharia do MIT Jim Collins disse que os sensores da máscara precisam apenas de uma quantidade pequena para localizar o vírus. Uma vez que a identificação é feita, a luz fluorescente que indica a presença do novo coronavírus deve aparecer entre uma a três horas. Como o sinal fluorescente não é visível ao olho nu, é necessário utilizar um equipamento chamado fluorímetro para medir a luz emitida pela máscara.

Os cientistas acreditam que o equipamento poderá auxiliar a resolver o problema da falta de testes para o novo coronavírus porque os médicos poderão colocar a máscara nos pacientes e descobrir prontamente se eles têm a COVID-19 ou não, sem precisar encaminhar o teste para um laboratório e aguardar pelos resultados.

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A tecnologia por trás da máscara foi adaptada de um teste conduzido pelo MIT no ano de 2014, quando cientistas deram início ao desenvolvimento de sensores para identificar o vírus do ebola congelado em papel. Em 2018, o laboratórios das universidades americanas conseguiram usar os sensores para ajudar a detectar doenças como síndrome respiratória aguda grave (SARS), sarampo, influenza (gripe) e hepatite C.

O professor de bioengenharia do MIT afirmou que a máscara poderá ser utilizada, por exemplo, em aeroportos, no trabalho e por hospitais logo na sala de espera para avaliar quem está infectado.

O professor do MIT ressaltou que embora o projeto ainda esteja em suas fases iniciais, ele mostrou resultados promissores. Collins contou ainda que a equipe responsável tem testado a máscara para que ela seja capaz de identificar o novo coronavírus em pequenas amostras de saliva e que os próximos passos são mostrar se o equipamento funciona por meio de experimentos com pessoas que podem ter sido infectadas pela COVID-19.

Os pesquisadores envolvidos no projeto também têm discutido acerca das possibilidades de embutir o sensor no interior da máscara ou de desenvolver um módulo que possa ser acoplado em outros tipos de máscara. Diversas cidades brasileiras já tornaram obrigatório o uso correto de máscaras faciais para toda a população sempre que for necessário sair de casa.

Entretanto, antes que as máscaras que identificam o novo coronavírus possam ser uma solução à alta demanda de testes, elas precisariam ser produzidas e distribuídas em larga escala, além de ter um baixo custo, o que é uma realidade distante, pois o projeto ainda se encontra em fase de testes.

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Porém, futuramente, as máscaras de detecção do novo coronavírus produzidas pelas universidades americanas poderão ser uma alternativa também aos termômetros usados para detectar possíveis casos de COVID-19, já que eles não dão conta de identificar os contaminados assintomáticos.

O que você achou desse tipo de máscara que pode servir como teste para a COVID-19? Acha que pode ajudar na luta contra o novo coronavírus? Comente abaixo!

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