Uma tragédia ocorreu recentemente no Rio de Janeiro, envolvendo um procedimento estético realizado em uma clínica. Vera Lúcia Beça Moutinho, uma mulher de 68 anos, submeteu-se a um lifting facial no Hospital da Plástica, localizado em Botafogo, Zona Sul do Rio.
Infelizmente, complicações surgiram após a cirurgia, levando Vera Lúcia a ser transferida para o Hospital Badim, na Tijuca, Zona Norte.
Após o ocorrido, a família recebeu a terrível notícia de que Vera Lúcia teve um diagnóstico de morte cerebral devido à falta de oxigenação no cérebro. Esse trágico desfecho deixou os familiares determinados a buscar justiça diante da situação.
Conforme o relato do Hospital da Plástica, durante a recuperação no quarto, Vera Lúcia apresentou um hematoma facial.
Para tratar o problema, ela foi levada ao centro cirúrgico, onde ocorreu uma parada cardiorrespiratória. A equipe médica conseguiu reverter a situação, porém, devido ao agravamento do estado de saúde da paciente, ela foi transferida para outra unidade hospitalar.
Carlos Moutinho, irmão de Vera, revelou que sua irmã já havia passado pelo mesmo procedimento seis meses antes, porém não obteve o resultado desejado. Por isso, ela optou por realizar o lifting facial novamente no mesmo hospital.
Carlos Moutinho compartilhou: “A médica afirmou que a cirurgia havia sido bem-sucedida. Após a cirurgia, ela foi encaminhada ao quarto para se recuperar, mas começou a notar inchaço no rosto. Ela foi levada para realizar uma drenagem e sedada. Durante a sedação, ocorreu uma parada respiratória. Ela foi reanimada, mas infelizmente ocorreu novamente. Como o Hospital da Plástica não possui uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), minha irmã foi transferida para outra unidade.”
O irmão de Vera também destacou: “A médica relatou que a cirurgia foi bem sucedida. Depois, ela foi pro quarto normalmente, mas o rosto começou a inchar. Levaram ela para realizar uma drenagem e ela foi sedada. Nessa sedação, ela teve uma parada respiratória. Eles conseguiram trazê-la de volta, mas ela teve de novo. Daí, como no Hospital da Plástica não há CTI, transferiram minha irmã para outro. Ela entrou andando, vai sair num caixão”.
Carlos Moutinho está cogitando processar a clínica pela morte de sua irmã, enfatizando que ela era uma pessoa “perfeita de saúde”.
Ele questiona o fato de uma médica residente, uma estudante sem experiência, ter realizado a cirurgia. Para Carlos, chamar esse incidente de fatalidade é questionável, uma vez que se tratou de um procedimento no rosto. As informações são de O Globo.
Os perigos do lifting facial
A cirurgia é considerada segura, de acordo com o cirurgião plástico Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que concedeu uma entrevista ao jornal O Globo.
Ele enfatiza que embora existam riscos associados ao procedimento, assim como ocorre em qualquer outra cirurgia, é improvável que haja consequências graves que possam resultar em morte do paciente.
Amato destaca que os principais riscos de todas as cirurgias plásticas, incluindo o lifting facial, são o sangramento, a infecção e a trombose. No entanto, ele também explica que durante a cirurgia facial, são adotadas medidas para evitar sangramentos e hematomas ao longo do processo.
Quanto às complicações específicas da cirurgia facial, o especialista menciona que a infecção ocorre geralmente após um período de tempo, enquanto a trombose é menos comum porque o paciente não fica imóvel no pós-operatório.
Além disso, existem outros riscos associados à cirurgia plástica que podem afetar a paciente, como uma lesão de vaso grande, resultando em sangramentos intensos. No entanto, essas áreas são cuidadosamente evitadas durante o procedimento para minimizar esses riscos.
A especialista em rejuvenescimento facial, Élida Moret, complementa afirmando que existem riscos menos graves, mas que ainda podem causar danos físicos e sociais às pacientes.
Esses riscos incluem problemas de cicatrização, falta de sensibilidade na face, assimetrias, lesões nos nervos faciais, edemas (inchaços), hematomas e dores no pós-operatório, além de complicações cirúrgicas mais graves, como alergias, hemorragias, parada cardiorrespiratória, embolia pulmonar e necrose de pele. As informações são de O Globo. Veja também: O que é embolia pulmonar e principais causas.
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