Amanda Meirelles, 33 anos, admite ter desenvolvido algumas inseguranças desde sua participação no “BBB 23”, reality show da TV Globo, de onde saiu campeã.
A médica admite que o maior conflito que enfrentou no programa foi consigo mesma. “Muitas coisas que eu achava que eram bem resolvidas, lá eu descobri que não eram”, analisa, em publicações feitas em seu perfil no Instagram.
Um desses detalhes, por exemplo, foi a vergonha que sentia em atividades simples no confinamento, como tomar banho de biquíni ou ficar na piscina. Antes do reality, ela diz que usava muitos filtros nas fotos que publicava. “Sempre tive problemas com o meu corpo, mas nunca tinha prestado atenção”, reflete.
“Eu tentava me enganar, de que era bem resolvida com o meu corpo. Tinha mecanismos de defesa para mim mesma. Até que, de repente, eu olhei e aí quando eu via todo mundo entrando na piscina e eu ficando do lado de fora – ou senão eu pegava, tirava a roupa, saía correndo e pulava na piscina. Na minha cabeça, ninguém estava vendo. Então, são coisas que aí eu parei para perceber”, relata.
Para aproveitar um pouco e disfarçar seu desconforto, Amanda desenvolveu alguns “macetes”, como usar o roupão ou camiseta no banho e evitar a piscina. Fora do reality, a médica diz que não gostava de ir à praia, justamente devido à vergonha de usar biquíni.
Doença incurável
Nesta última semana, Amanda Meirelles contou seu diagnóstico de uma doença incurável. A médica passou por uma bateria de exames. “Essa semana tirei um tempo ara fazer uns exames de controle. Tive um quadro de mielite há anos e, com o avanço da medicina, resolvi investigar ainda mais”, explicou.
“Por ter conhecimento, muitas vezes o medo faz com que a gente não investigue algo como deveria. Foi aí que me peguei pensando em tantos profissionais que trabalham com saúde em falta com a de si próprio”, analisou, na sequência.
Mais tarde, Amanda explicou que está tudo bem com ela e entrou em mais detalhes sobre a mielite. “Fiz essa publicação porque quem me acompanha aqui sabe que gosto de mostrar essa vida sem filtro. E, muitas vezes, para mostrar que aqui desse lado existe uma pessoa real – assim como vocês -, que passa por problemas reais, inclusive problemas de saúde também”, iniciou.
“Eu tive um quadro de mielite transversa há uns seis, sete anos. À época, foi descartado esclerose múltipla, ser infeccioso, pós-vacina, enfim, eu tinha feito um rastreio e não fechou para nada. E, para quem não sabe, mielite é uma inflamação na medula. Eu sentia um formigamento nas minhas pernas, perdia a força, então foi algo que me fez internar. Precisei fazer uso de corticoide em doses elevadíssimas para tentar diminuir a inflamação”, contou.
Após voltar a ter alguns sintomas, Amanda foi instruída a voltar a investigar: “Recentemente, eu senti um pouquinho de dormência na perna esquerda e falei: ‘Ah, vou deixar para lá’. Até que eu torci meu pé em Noronha, estava dentro do hospital e falei ‘preciso fazer isso’. Coletei o líquido da coluna, o liquor, que é um exame que eu tinha muito trauma. Porém, dessa última vez, o médico foi um encantador de pacientes. Não senti dor nenhuma”, concluiu.
Mielite é a inflamação da medula espinhal e pode ser causada por diversas patologias. Os sintomas envolvem dor nas costas, que “reflete” nas pernas e braços, sensação de dormência e formigamento, febre e insuficiência respiratória. O tratamento pode envolver o uso de corticoides intravenosos, analgésicos e medicamentos antivirais. No entanto, na suspeita desta ou de qualquer doença, consulte um médico.