Os esforços para combater o câncer até hoje têm se concentrado em matar as células cancerosas, na maioria das pesquisas. No entanto, os oncologistas sempre souberam que também é importante deter o crescimento dessas células antes que elas se espalhem pelo corpo. Uma nova pesquisa, publicada na revista Nature Communications, abriu novos caminhos para impedir que o câncer se espalhe para outras áreas do organismo, mostrando ser possível imobilizar células cancerígenas para que elas não se movimentem.
Raymond Bergan, chefe da divisão de hematologia e professor de oncologia médica no Instituto OHSU Knight Cancer (EUA), diz que, até o momento, ninguém desenvolveu uma terapia que possa impedir as células cancerígenas de se movimentarem pelo corpo.
“Para a grande maioria dos casos de câncer – mama, próstata, pulmão, cólon e outros -, se for detectado precocemente, quando for um pequeno nódulo nesse órgão e não se espalhar, você viverá. E, geralmente, se você descobrir tarde, depois de se espalhar por todo o corpo, você vai morrer”, diz Bergan.
“O movimento é a chave. Se as células cancerígenas se espalharem por todo o seu corpo, elas vão tirar sua vida. Podemos tratar, mas esse movimento vai tirar sua vida”.
Impedindo o movimento da célula cancerosa
Em 2011, Bergan e sua equipe adotaram uma nova abordagem em suas pesquisas, trabalhando com químicos para descobrir conjuntamente uma droga que inibiria o movimento de células cancerígenas.
O artigo da Nature Communications descreve que os testes foram feitos com a molécula KBU2046, composto que inibiu o movimento de células cancerígenas em quatro diferentes modelos: câncer de mama, próstata, colorretal e pulmão.
“Usamos a química para investigar a biologia para nos dar uma droga perfeita que só inibiria o movimento das células cancerosas e não faria mais nada”, diz Bergan, ou seja, que não tivesse nenhum outro efeito em células saudáveis. “Essa mudança básica na lógica nos levou a fazer tudo o que fizemos.”
Equipe multidisciplinar para sintetizar a droga
Bergan cita ainda que o laboratório de Karl Scheidt, professor de química e farmacologia da Universidade de Northwestern, foi o responsável por pensar em novos compostos que pudessem impedir a movimentação de tumores. O desafio era encontrar substâncias com poucos efeitos colaterais.
“Começamos com uma substância química que impedia as células de se movimentarem, depois sintetizamos cada vez mais esse composto até que ela fizesse um trabalho perfeito de parar as células sem efeitos colaterais”, diz Scheidt. “Todas as drogas têm efeitos colaterais, então você procura aquela que é a mais específica possível.”
Scheidt explica que o KBU2046 se liga a proteínas das células de forma específica para somente impedir o movimento. Não há outra ação sobre as estruturas celulares, o que diminui os efeitos colaterais e a toxicidade. Ele diz que é um mecanismo único e incomum que “levou anos para descobrir”.
“Inicialmente, ninguém nos financiaria”, diz Bergan. “Estávamos investigando uma maneira completamente diferente de tratar o câncer”.
Próxima etapa: testar a droga em seres humanos
Ryan Gordon, professor assistente de pesquisa na OHSU School of Medicine e co-diretor do laboratório de Bergan, diz que o objetivo desta pesquisa é procurar um novo tratamento para beneficiar os seres humanos.
“A promessa final desta pesquisa é que estamos trabalhando para desenvolver um medicamento que possa ajudar a gerenciar a doença em estágio inicial, impedindo que os pacientes tenham a doença mais incurável no estágio posterior”, diz ele.
Cientistas estimam que serão necessários dois anos e US$ 5 milhões para que os primeiros testes sejam realizados em seres humanos. O financiamento para esta pesquisa foi apoiado pelo Departamento de Defesa e pela Administração dos Veteranos.
Não, eu não acredito! A midia de divulgacao cientifica, nos anuncia quase diariamente novas e revolucionárias armas no arsenal contra o câncer: “Xnibes”, “Xmabes”, ablação por radio frequência, etc! Porém, seu diagnóstico segue sendo uma sentença de morte! Três parentes próximos, perderam a vida, nos ultimos dez anos. Intestino, leucemia e fígado. O artigo menciona que esse estudo se iniciou em 2011 e precisaria mais dois anos para teste em humanos. Estamos em 2020 e nada foi dito sobre a conclusão do “estudo”. É incompreensível, como com todos os métodos de investigação disponíveis hoje, microscópios que enxergam o átomo, super computadores, edição de genes, ainda não conseguiram encontrar a diferença básica na integridade estrutural entre uma célula sadia e uma defeituosa, que torne apenas a defeituosa, vulnerável à aplicação de um único processo de terapia capaz de, seletivamente, eliminar todos os tipos de câncer, de todos os tecidos corporais, de uma só vez. A verdade é que não há intenção de curar ninguém. O sistema precisa da morte. É economicamente inconveniente, prolongar a vida!