Outras Condições

Jovem de 22 anos descobre câncer após confundir sintomas com cansaço

Publicado por
Valdir Campos

Lee Troutman, um instrutor de academia de 22 anos, morava em Atlanta, nos Estados Unidos, e tinha uma rotina de treinos intensos. Porém, em outubro de 2021, precisou ser hospitalizado ao sentir dores no fígado, suores noturnos e fadiga. Ele relacionou os sintomas ao trabalho, quando, na verdade, estava com linfoma não-Hodgkin (LNH).

Antes do diagnóstico de câncer, os médicos trataram-no para mononucleose, popularmente chamada de “doença do beijo”. Devido ao agravamento de suas condições, mais exames foram realizados, e os profissionais chegaram ao diagnóstico de linfo-histiocitose hemofagocítica (LHH), um distúrbio raro do sistema imunológico que pode provocar a falência de órgãos, e linfoma em estágios avançados.

O linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático, e ele se propaga de forma desordenada, podendo se desenvolver em qualquer parte do corpo.

Imagem: Reprodução Instagram/ via: @lee_troutman

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), existem mais de 20 variações da doença, e os primeiros sinais costumam ser o inchaço dos gânglios linfáticos ao redor do pescoço. Outros sintomas, segundo o INCA, incluem:

  • Aumento dos linfonodos (gânglios) axilas, pescoço e/ou virilha
  • Suor noturno excessivo
  • Febre
  • Coceira na pele
  • Perda de peso superior a 10% sem motivo aparente.

Troutman estava em estado grave, pois o câncer já havia se espalhado para todos os quatro lobos do cérebro, tronco cerebral, coluna, fígado, costelas e quadris.

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Em entrevista ao site The Mirror, ele contou que ele e a mãe encontraram um médico que aceitou o seu caso e lhe deu 5% de chances de sobreviver. Caso sobrevivesse ao linfoma e aos tratamentos agressivos, seria necessário um transplante de medula óssea, e então suas chances de sobrevivência passariam para 70%.

Imagem: Reprodução Instagram/ via: @lee_troutman

O instrutor passou pelo tratamento, mas, prestes a realizar o transplante, seus pulmões colapsaram, e ele foi entubado, precisando se alimentar através de sondas.

Após esse período, ao mesmo tempo em que fazia quimioterapia, Lee fez reabilitação por meses para que conseguisse recuperar peso e massa muscular, de modo que tivesse condições de passar pelo transplante. Ele disse que nesse momento precisou reaprender a fazer praticamente todas as atividades, desde caminhar até comer.

Ele diz que não conseguia se recordar de todos os procedimentos que realizava, mas se impressionava com a quantidade e acredita ter passado por pelo menos 50 transfusões de plaquetas e sangue, além de muitas sessões de quimioterapia.

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O jovem finalmente passou pelo transplante de medula óssea em maio de 2022. Após isso, precisou ficar em quarentena por 200 dias e tomar 63 medicamentos diários para evitar a rejeição da medula. Ele contou que esse período foi uma “prova para sua sanidade” e que foi um desafio permanecer 200 dias sem contato com outras pessoas. Chegou ao ponto de sentir falta do ambiente hospitalar, onde estava frequentemente cercado por médicos, enfermeiras e terapeutas.

Hoje, Troutman está em remissão (o câncer não é detectado em nenhum exame). Ele continua fazendo exames e consultas de acompanhamento para se certificar de que a doença não retorna e diz estar animado para voltar à prática dos exercícios que tanto ama.

Imagem: Reprodução Instagram/ via: @lee_troutman

Lee aconselhou as pessoas que estão passando por uma situação semelhante a serem fortes, continuarem a lutar e não desistirem. Ele também recomendou que, caso os médicos desistam, busquem uma nova equipe médica.

Você conhece alguém que já lutou contra o câncer? Os médicos desacreditaram das chances de sobrevivência dessa pessoa? Você conhecia esse tipo de câncer que pode ser tão agressivo? Comente abaixo!

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Valdir Campos

Valdir de Campos Júnior é estudante de jornalismo, e combina sua paixão pela escrita com um forte interesse pelo universo da saúde e boa forma. Valdir é motivado pela curiosidade e pelo desejo de adquirir conhecimento, visando inspirar e informar as pessoas sobre um estilo de vida saudável.

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