Paciente com câncer há 13 anos teve remissão completa em só um mês

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Uma novidade na terapia contra o câncer está sendo testada no Brasil, trazendo esperança para pacientes que lutam contra a doença há anos. São 14 os pacientes atendidos na rede pública de saúde que estão sendo acompanhados em estudos com a terapia celular CAR-T

O tratamento mostrou resultados positivos em todos os pacientes estudados, que tiveram uma redução de pelo menos 60% de seus tumores. Mas, o caso de Paulo Peregrino, um homem de 61 anos que enfrentava o câncer há mais de uma década e teve a remissão completa de seus tumores em apenas um mês, chama a atenção.

Tomografia de Paulo Peregrino
Imagem: Instagram/Paulocfperegrino

Ele vivia com um linfoma há cinco anos, porém já tinha tido outros tumores ao longo dos últimos 13 anos. Paulo havia passado por diversos tratamentos, incluindo sessões de quimioterapia, transplante de medula e várias internações.

Ele foi selecionado como um dos participantes para testar a nova técnica quando o estágio da sua doença já estava tão avançado ao ponto do homem estar prestes a ser encaminhado para os cuidados paliativos.

Os cuidados paliativos são uma abordagem médica focada em aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam doenças graves ou incuráveis.

Emocionado, Paulo expressou a sua alegria e agradecimento a Deus em uma postagem em seu perfil no Instagram. A sua história de sucesso pode inspirar não apenas aqueles que estão lutando contra o câncer, mas também os médicos e pesquisadores que atendem esses pacientes.

Como foi realizado o tratamento? 

A terapia celular CAR-T é considerada um dos avanços mais promissores na luta contra o câncer. No tratamento, as células de defesa do próprio paciente são modificadas em laboratório para aprender a eliminar a doença.

Então, essas células alteradas são colocadas de volta no corpo, para que se multipliquem e potencializem o combate natural do organismo ao tumor.

Inicialmente, otratamento só estava disponível fora do Brasil ou em escala experimental até ser implementado no Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa é do Butantan, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e do Hemocentro de Ribeirão Preto.

No Brasil, a terapia está sendo estudada para o tratamento da leucemia linfoblástica B e do linfoma não-Hodgkin de células B.

Quanto custa o tratamento? 

Embora o tratamento ainda seja caro, com um custo de aproximadamente R$ 2 milhões por paciente, a expectativa é que, com o aumento do número de pacientes beneficiados e o reconhecimento da técnica pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os valores possam ser reduzidos.

No segundo semestre deste ano, outros 75 pacientes devem ser incluídos no tratamento, visando alcançar a cota mínima exigida pela Anvisa para que a técnica passe a ser reconhecida.

O que você achou desse avanço na ciência e na medicina? Você ou alguém da sua família tem ou já teve câncer? Comente abaixo!

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