Microplásticos podem bloquear fluxo sanguíneo cerebral, alerta pesquisa

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Um estudo inédito realizado pela Universidade de Pequim, na China, detectou que os microplásticos podem causar uma obstrução do fluxo sanguíneo cerebral.

A pesquisa foi realizada em ratos de laboratório e mostrou que o material consegue ter acesso ao cérebro. “Mostramos que os MPs circulantes são fagocitados e causam a obstrução dos capilares do córtex cerebral. Esses bloqueios, que são como trombos, podem causar a redução do fluxo sanguíneo e anormalidades neurológicas em camundongos”, diz o artigo publicado na revista científica Science Advances.

Os cientistas utilizaram uma técnica de fluorescência para observar o que estava acontecendo nos cérebros dos camundongos por meio de uma “janela” transparente implantada cirurgicamente no crânio do animal. Esse método possibilita o rastreio dos microplásticos conforme eles se movem pela corrente sanguínea.

O próximo passo é entender o que os microplásticos podem causar quando estão dentro do corpo humano. Pesquisas anteriores mostraram que os micro e nanoplásticos menores chegam ao cérebro, fígado e rins humanos.

Microplásticos chegam no cérebro pelo nariz

Essas partículas minúsculas de plástico estão em todos os lugares: no solo, água e no ar que respiramos. Grande parte desse material que para no corpo humano. “Não temos certeza de como eles chegam lá, embora existam três rotas prováveis. Podemos ingerir microplásticos quando comemos e bebemos, respirá-los por meio de nossos pulmões ou absorvê-los pela pele. Recentemente, foi sugerida outra rota, pela qual os microplásticos entram em nossos narizes e, a partir daí, vão diretamente para nossos cérebros”, explicam os profissionais Michael Richardson, professor do departamento animal da Universidade de Leiden, e Meiru Wang, biologista molecular da instituição, autores de um artigo sobre o assunto.

A barreira hematoencefálica, camada especial de células que protege o cérebro de todos os tipos de patógenos e substâncias nocivas, pode ser rompida, já que foram encontradas pequenas partículas de plástico no cérebro humano. Esta proteção tem ao menos um ponto vulnerável pelo qual os microplásticos podem entrar no cérebro, diz o estudo.

Pesquisadores da Freie Universität Berlin e da Universidade de São Paulo (USP) dizem que o nariz é um ponto vulnerável para a entrada dos microplásticos no corpo humano. O ponto tem nervos especiais – os nervos olfativos – que identificam os odores. Eles parem do interior do nariz, atravessam o crânio e vão diretamente para uma parte do cérebro chamada bulbo olfativo.

“Os pesquisadores chegaram a suas conclusões analisando amostras de tecido de moradores de São Paulo que haviam morrido e passado por autópsias de rotina dos médicos legistas. Eles removeram os bulbos olfativos desses cérebros e os analisaram usando uma variedade de técnicas”, explicaram.

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