Hollie Pardue, 32 anos, descobriu que estava com câncer do colo de útero avançado após passar por um diagnóstico errado. Antes, os médicos atribuíram seus sintomas a uma crise de estresse e aos hormônios desregulados da gestação.

A assistente de dentista começou com os primeiros sintomas oito meses após o nascimento do terceiro filho, no início de 2024. Ela teve um sangramento persistente por seis semanas, até que procurou ajuda médica. Os sintomas, no entanto, foram atribuídos ao estresse e cansaço da maternidade.
Os exames iniciais, incluindo um ultrassom feito após as queixas, não detectaram anormalidades, mesmo que os anticoncepcionais que foram receitados não tivessem conseguido conter os sangramentos. Os médicos, então, disseram a ela que não havia motivo para se preocupar.
“Recebi um telefonema do meu médico dizendo que não havia nenhuma razão para eu ter hemorragias e que isso deveria ser estresse. Ele me disse para começar a caminhar, fazer yoga e tomar longos banhos que isso ia melhorar”, detalhou Hollie em seu perfil do Instagram.
Ela marcou novas consultas com ginecologistas e, em um exame de Papanicolau, foram coletadas amostras que se mostraram ser um tumor no colo do útero.
O diagnóstico foi confirmado em junho de 2024, menos de um ano após fazer um exame de Papanicolau que não apresentou alterações. A descoberta, portanto, causou choque em Hollie a descoberta do tumor em estágio três – o máximo é quatro.
Ademais, o câncer já havia se espalhado para os linfonodos e estava difundido na pélvis.
Tratamento
Hollie precisou fazer dois ciclos de quimioterapia localizada, intercalados por um ciclo de braquiterapias, radioterapias internas que atingem uma região específica do corpo.
Com a rodada de tratamentos finalizada, Hollie passou por um novo scan, um exame de corpo inteiro, que revelou que não há mais indícios do tumor no organismo da paciente. “Sinto que venci essa coisa horrível, mas vou seguir fazendo o possível para conscientizar mulheres a monitorar sua saúde e, especialmente, a não confiar na palavra do primeiro médico quando sua intuição diz que não”, declarou, por fim.
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, costuma ser causado em consequência de infecções genitais pelo papilomavírus humano (HPV). Estima-se que 17 mil mulheres sejam diagnosticadas por ano e que 6,6 mil morram em decorrência desta doença.