A sensibilidade à insulina é a sensibilidade do corpo aos efeitos deste hormônio. Ela é produzida pelo pâncreas e essencial para o organismo, sendo responsável por transportar o açúcar (glicose) para dentro das células, controlando assim o seu nível no sangue.
A insulina também é importante para que o organismo consiga processar corretamente as gorduras e proteínas. O corpo obtém energia por meio da queima de gordura e de glicose, alternando quando necessário as fontes de combustível.
A sensibilidade à insulina é a forma que o corpo responde aos efeitos desse hormônio. Uma pessoa que é muito sensível à insulina precisará de quantidades menores desse hormônio para conseguir baixar os níveis de glicose no sangue.
Por outro lado, ser resistente à insulina é um sinal de que o corpo está tendo dificuldade em metabolizar a glicose, que é um problema oposto à alta sensibilidade ao hormônio.
A resistência à insulina pode indicar outros problemas de saúde, como altos níveis de colesterol e pressão alta, além de causar problemas para pessoas com diabetes tipo 1, principalmente em crianças pequenas.
A sensibilidade à insulina é uma condição que varia de pessoa para pessoa, sendo diagnosticada por exames médicos.
Baixa sensibilidade à insulina pode levar a uma variedade de problemas de saúde, pois o corpo tentará compensar essa sensibilidade produzindo mais insulina. Um alto nível de insulina (hiperinsulinemia) pode levar a:
Períodos de estresse e doenças podem induzir a redução dessa sensibilidade. Na maioria dos casos, a pessoa se recupera assim que a doença ou estresse tenha passado. Para pessoas com diabetes tipo 1, ter alta sensibilidade pode aumentar o risco de hipoglicemia.
A hipoglicemia ocorre quando há muita insulina na corrente sanguínea e pouca glicose, e seus principais sintomas são: tontura, confusão mental e náuseas.
Existem três diferentes tipos de sensibilidade à insulina, são eles:
A sensibilidade à insulina não apresenta nenhum sintoma. Eles apenas aparecem quando essa condição leva a efeitos secundários, como por exemplo níveis mais elevados de açúcar no sangue, que é a hiperglicemia, indicando uma possível resistência ao hormônio.
Os sintomas da hiperglicemia são:
Para aumentar a sensibilidade à insulina, você pode fazer algumas mudanças no seu estilo de vida, como:
Em um estudo publicado em 2015 no periódico Sleep foi feito com 16 pessoas saudáveis que não dormiam o suficiente. Nele, os participantes tiveram que dormir uma hora a mais por dia durante seis semanas. Essa hora extra de sono levou ao aumento da sensibilidade à insulina.
Um estudo publicado em 2009 na revista científica Diabetologia, feito com 55 adultos saudáveis que tiveram que participar de um programa de exercícios físicos por 16 semanas.
Nele os pesquisadores descobriram uma associação entre o aumento dos níveis de atividade física e a melhora da sensibilidade à insulina.
Pesquisas sugerem que alguns tipos de exercícios físicos podem aumentar a sensibilidade à insulina mais do que outros.
Os autores descobriram que a combinação de exercícios aeróbicos com treinamento de força (musculação) foi muito eficaz tanto para pessoas com e sem diabetes e, por isso, os autores da pesquisa recomendam:
A fibra solúvel é um tipo de fibra alimentar que vem das plantas. Embora essa fibra seja um tipo de carboidrato, o corpo não consegue digeri-lo muito bem, e dessa forma elas não geraram picos de glicose no sangue.
Além disso, a fibra solúvel também retarda o esvaziamento gástrico, que é o tempo em que uma refeição demora para sair do estômago e entrar no intestino delgado.
Estudos sugerem que esse atraso pode ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue em pessoas com diabetes tipos 2, após as refeições.
Portanto conclui-se que ingerir mais fibras solúveis pode ajudar a reduzir a resistência à insulina.
Pesquisas recentes sugerem que a substituição de carboidratos por gorduras insaturadas pode melhorar a sensibilidade à insulina em algumas pessoas.
Um estudo investigou os efeitos de diferentes dietas sobre a sensibilidade à insulina em adultos com pressão alta, o que é um fator de risco para diabetes tipo 2.
Os pesquisadores concluíram que manter uma dieta pobre em carboidratos e rica em gorduras insaturadas por 6 semanas pode melhorar a sensibilidade à insulina.
Já uma revisão de 102 estudos concluiu que a substituição de carboidratos e gorduras saturadas por gordura poli-insaturada pode melhorar a regulação do açúcar no sague.
Ao aumentar a sensibilidade à insulina, você sentirá uma grande diferença em seu corpo, por exemplo:
É sempre bom lembrar que, se você sentir qualquer sintoma incomum é preciso procurar um médico para ter um diagnóstico e também para ter um acompanhamento especializado.
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