Para quem deseja aumentar o tamanho do bumbum, mas não consegue ou não tem paciência para esperar resultados a partir de sessões de malhação academia, a gluteoplastia se mostra como uma alternativa interessante. Trata-se de uma técnica cirúrgica que corrige deformidades da região das nádegas, por meio de implante de silicone no bumbum, lipoescultura e cirurgia de contorno corporal.
O método pode ser utilizado por fins estéticos, para diminuir ou aumentar o tamanho do bumbum, por homens e mulheres, e pessoas que sofreram perda de colágeno e elastina e ficaram com um aspecto frouxo no bumbum.
O implante de silicone no bumbum
Nem toda gluteoplastia é feita com a colocação de próteses de silicone na região das nádegas, o implante de silicone é simplesmente uma das técnicas utilizadas no procedimento, especialmente quando o desejo é o de aumentar as medidas do bumbum.
Além do crescimento do volume da área, outras vantagens associadas à operação são a melhoria da flacidez, da rigidez do bumbum e a promoção de uma pele mais lisa.
Como funciona?
Antes de conhecer como uma cirurgia de colocação de silicone no bumbum é feita, é importante saber que existem três tipos de próteses que podem ser aplicadas: as redondas, as de quartzo e as ovais. Cada uma delas é indicada para um tipo de paciente, de acordo com seus objetivos e características físicas.
As redondas são utilizadas para quem deseja ganhar volume no bumbum por ter nascido com um aspecto “quadrado” na região e por pacientes que possuem o quadril mais largo. Esse material levanta bem o glúteo, porém, oferece um resultado considerado artificial. Já as ovais são indicadas para quem também quer aumentar o volume da parte lateral da área e geralmente são escolhidas por pessoas com quadris estreitos. Ao contrário da anterior, o efeito que elas trazem é tido como mais natural.Por sua vez, as de quartzo são adequadas para pacientes altos que tenham o bumbum mais longo.
Todas elas são feitas com gel coesivo, são lisas ou texturizadas e podem apresentar de 150 a 480 ml. As próteses de silicone para bumbum são mais rígidas e grossas do que as utilizadas na operação de aumento de seios porque são mais expostas a impactos. Com isso, evita-se que ele vaze e sofra com um rompimento.
Antes da cirurgia, deve ser realizado um pré-operatório como nos outros tipos de procedimentos, em que o médico solicita exames cardiológicos e faz uma avaliação em relação às condições médicas que o paciente possa ter. Neste período, é ideal que quem for se submeter a operação, questione o cirurgião acerca de todas as suas dúvidas e conte sobre todos os problemas de saúde que possui e os medicamentos que toma, para evitar maiores problemas e ir seguro para a mesa de cirurgia.
A gluteoplastia deve ser feita em um hospital, e não em uma clínica. Ela começa com a aplicação de anestesias locais ou geral. A implantação do silicone começa a ser feita com um corte de 5 a 6 cm na região que fica entre o glúteos, chamada de sulco vertical. O próximo passo é introduzir por meio desse corte as próteses do lado direito e esquerdo do bumbum. O silicone pode ser posicionado dentro do músculo glúteo máximo, abaixo ou acima do músculo. É mais comum que o cirurgião opte pela primeira técnica pelo fato dela trazer um resultado mais satisfatório do ponto de vista estético.
Há ainda a possibilidade de fazer uma lipoescultura, cirurgia para remoção de gordura localizada, nos quadris, cinturas, costas e coxas simultaneamente ao implante de silicone no bumbum. No entanto, isso deve ser definido com o médico, já que alterará o procedimento, assim como seu pós-operatório.
O pós-operatório
Depois de implantar o silicone e finalizar a cirurgia, o médico envia o paciente para o pós-operatório. Ele deve permanecer 24 horas no hospital e então está liberado para voltar à sua casa, onde deve permanecer de repouso por no mínimo 20 dias.
Nas primeiras 48 horas ele deve ficar o tempo todo de barriga para baixo e a recomendação é que ele durma de bruços nos primeiros 10 dias. Na primeira semana após o procedimento, é esperado que ele sinta dores, que são controladas com remédios, tenha inchaço, sensibilidade e hematomas na região. Esses últimos podem ser eliminados com dreno.
No decorrer dessa primeira semana, o paciente deve evitar realizar movimentos bruscos e não pode sentar-se por muito tempo. Durante o período de repouso também é indicado que a pessoa caminhe com passos curtos e sente em superfícies rígidas, mantendo sua coluna ereta, o que evitará tensões sobre a cicatriz.
A prática de exercícios físicos é permitida somente dois meses após a realização da operação. A expectativa, conforme disse o cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Edmar da Fontoura, é que com o tempo o incômodo passe e o paciente nem lembre que está com uma prótese no bumbum.
A cura completa pode levar de seis a oito meses e o paciente pode demorar até 42 dias para voltar com as suas atividades normais, porém, o período exato varia de paciente para paciente. Já a remoção dos pontos deve ser feita depois de duas semanas e é recomendado que se evite beber álcool e fumar, coisas que podem atrapalhar a recuperação.
Uma informação importante para quem fez esse tipo de procedimento é que depois da colocação do implante, não se pode mais tomar injeções ou vacinas no bumbum. Primeiro porque a substância não seria injetada no organismo e sim na prótese, o que não traria o resultado esperado. E segundo porque isso pode causar pequenos cortes no silicone, que apesar de não fazerem com que ele estoure, poderia gerar danos à integridade do material.
Possíveis complicações
Se feita com bom material, a possibilidade de que o organismo aceite a prótese é de 99%. No entanto, isso não quer dizer que não possam ocorrer complicações. Uma delas é o risco de abertura dos pontos, que ocorre em 20% dos casos. Quando isso acontece, o jeito é voltar ao hospital e fazer curativos que fecharão o corte e não trarão mais problemas.
Outro risco é do mau posicionamento da prótese, que traz uma aparência artificial ao bumbum. Apesar de raros, também podem ocorrer o acúmulo de líquido na região e a contratura capsular, que acontece quando o organismo rejeita a prótese e a membrana fibrosa, que é formada quando um implante é colocado no corpo, se contrai. Isso causa enrijecimento ao bumbum, que muda de formato e ganha um aspecto artificial, e traz dor.
Quais as contraindicações?
Pessoas que sofrem com problemas cardíacos e têm doenças autoimunes não devem se submeter à operação de implante de silicone no bumbum.
Quem possui uma flacidez muito elevada na região também não deve fazer a gluteoplastia. Antes, é necessário que o cirurgião realize um procedimento de remoção de pele para trazer a rigidez à área e só depois disso é que o silicone pode ser implantando no local.
Que cuidados devo tomar?
Antes de decidir fazer a cirurgia é essencial conversar com um bom médico, que tenha boas referências. Verifique se ele é membro do Conselho Federal de Medicina (CFM) – na internet você descobre isso – e se ela faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Desconfie se ele fizer o atendimento em uma clínica, pois, como afirmamos lá em cima, o implante de silicone no bumbum deve ser feito em um hospital. Preste atenção se ele pede todos os exames e se faz perguntas em relação às suas condições de saúde e os remédios que você usa. Além dessas informações, também diga a ele sobre as cirurgias as quais você já se submeteu, seus histórico de internação e as doenças presentes em sua família.
Além disso, avalie se você realmente quer e precisa se submeter ao procedimento. Até porque toda cirurgia apresenta riscos e se submeter a uma operação sem que seja por uma questão de saúde nem sempre vale a pena.
Quando custa?
Uma cirurgia de gluteoplastia pode custar entre R$ 7 mil e R$ 10 mil, entretanto, esse valor ainda pode mudar de acordo com o hospital e o cirurgião escolhidos. A prótese de silicone dura geralmente 10 anos. Há quem acredite que as mais recentes possam chegar a ter uma vida útil de até 25 anos, mas ainda não existem provas disso.
Fontes e Referências Adicionais:
- Azevedo, Daniel Melo de, et al. “Augmentation gluteoplasty: experience at Dr. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto Plastic Surgery Service.” Revista Brasileira de Cirurgia Plástica 27.1 (2012): 87-92.
- JUNIOR, IVAN MALUF, MILTON JAIME BORTOLUZZI DANIEL, and ALYSSON ROGERIO MATIOSKI. “GLUTEOPLASTIA DE AUMENTO COM 4 IMPLANTES: RELATO DE CASO.” Arquivos Catarinenses de Medicina 41.Suplemento 01 (2012): 19.
- Lima, Diogo Almeida, et al. “Buttocks increase: the importance of teaching in current resident facing increased demand.” Revista Brasileira de Cirurgia Plástica 26.1 (2011): 127-133.
- Carvalho, Francisco de Assis Montenegro Cido, et al. “Intramuscular technique in augmentation gluteoplasty.” Revista Brasileira de Cirurgia Plástica 27.3 (2012): 457-460.
- Aboudib, Jose Horacio, Fernando Serra, and Claudio Cardoso de Castro. “Gluteal augmentation: technique, indications, and implant selection.” Plastic and reconstructive surgery 130.4 (2012): 933-935. Site:
- Flores-Lima, Gerardo, et al. “Surgical Pocket Location for Gluteal Implants: A Systematic Review.” Aesthetic plastic surgery 37.2 (2013): 240-245.
- Senderoff, Douglas M. “Buttock augmentation with solid silicone implants.” Aesthetic Surgery Journal 31.3 (2011): 320-327.
Eu não achava que poderia ficar bom, e então minha amiga fez na Master Health e ficou super natural, ficou lindo mesmo! Estou até pensando em fazer também hahaha
Matéria muito esclarecedora. Quando fiz o implante de prótese de glúteos para aumentá-los, busquei uma clínica de confiança e que me orientasse sobre todo o procedimento cirúrgico. Então, optei pela Montenegro Cirurgia Plástica, em SP, e amei o resultado que obtive! Indico a clínica para quem tiver interesse.