Pessoas com varizes – veias salientes e torcidas que surgem no corpo, especialmente nas pernas -, podem ter um isco significativamente maior de ter demência, de acordo com um estudo coreano realizado com quase meio milhão de pessoas.

Na pesquisa publicada no período PLOS One, os pesquisadores apontam que as pessoas com a condição tinham 23,5% mais probabilidade de serem diagnosticados com a condição. A confirmação do risco se confirmou após os cientistas levarem em conta fatores como idade, sexo, peso, tabagismo e consumo de álcool – todos fatores de risco conhecidos para a demência. Homens, fumantes e que consumiam muita bebida alcoólica com varizes apresentavam risco especialmente alto de desenvolver demência.
Os autores dizem que o motivo pelo qual as veias varicosas podem estar relacionadas á demência precisam ser estudados. No entanto, eles afirmam que a ligação pode estar no fato de a condição indicar fluxo sanguíneo deficiente no corpo – fator de risco conhecido para a demência.
A segunda teoria aponta que as veias varicosas podem estar contribuindo para uma inflamação generalizada no corpo, ajudando a desencadear ou exacerbar processos que causam danos cerebrais.
Foram analisados os dados de saúde de 396.767 homens e mulheres da Coreia, com idade média de 56 anos, dos quais cerca de 5.000 tinham varizes. Os registros dos voluntários foram monitorados por uma média de 13 anos. No fim desse período, 14% haviam sido diagnosticados com demência.
Os cientistas também descobriram que os pacientes tratados tinham 43% menos possibilidade de sofrer de demência vascular do que os que não passaram por qualquer tipo de tratamento.
Ademais, os pesquisadores ressaltaram o fato de, apesar da grandiosidade do estudo, ele tem limitações graves. Como, por exemplo: todos os participantes são coreanos e, portanto, pode ter aplicação limitada a outras populações.
Outro fator é que a pesquisa foi observacional, o que significa que, embora os dados sugerissem uma ligação entre varizes e demência, não é possível provar que uma condição causa a outra.
Eles concluem que mais pesquisas precisam ser realizadas para minimizar as limitações e comprovar as descobertas.








