Aspirina na gravidez faz mal?

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Quem nunca precisou tomar aspirina na vida? Bem conhecido em todo o mundo, o remédio é indicado para dores e febre. Mas, a mulher que está esperando um neném pode ficar preocupada se o uso da aspirina na gravidez pode fazer algum mal.

Bem, a primeira coisa que precisamos ter em mente é que assim como ocorre com qualquer tipo de medicamento durante a gestação, o uso da aspirina deve sempre ser feito sob orientação médica.

Medicamento exige cautela

Remédio na gravidez
É preciso ter alguns cuidados para tomar aspirina na gravidez

A liberação do uso da aspirina (ácido acetilsalicílico) durante a gestação depende do período em que a gravidez se encontra. Tanto que a bula do remédio alerta que ele não pode ser usado no último trimestre da gestação.

Tomar aspirina nos últimos três meses de gravidez pode ser perigoso tanto para o bebê quanto para a mulher. No caso da criança, há um risco especial em relação às funções renal e cardiopulmonar, mesmo com o uso de uma só dose.

Já para a mãe, as complicações incluem o prolongamento do trabalho de parto e o aumento no tempo de sangramento.

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Entretanto, isso não significa que a aspirina esteja totalmente liberada nos outros trimestres de gestação. Isso porque a bula avisa que aspirina só pode ser usada nos primeiros seis meses da gravidez quando o médico julgar que o remédio é claramente necessário.

Mesmo no caso em que o médico liberar a grávida de até seis meses para tomar o medicamento, a dosagem e a duração do tratamento deverão ser as menores possíveis. Em outras palavras: uma gestante não pode tomar aspirina por conta própria. 

Quando a aspirina pode ser usada

Segundo o Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês) do Reino Unido, a aspirina pode ser administrada em algumas gestantes que têm um risco alto de desenvolver pré-eclâmpsia e restrição do crescimento intrauterino (quando o bebê não atinge o peso normal durante a gestação).

De acordo com o NHS, há evidência que sugere que a administração de uma dose baixa do medicamento durante a gravidez pode diminuir os riscos de desenvolver esses problemas.

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A aspirina pode ser recomendada para as gestantes que sofrem com um desses fatores de risco:

  • Doença hipertensiva durante uma gravidez anterior
  • Doença renal crônica
  • Doença autoimune como lúpus eritematoso sistêmico ou síndrome do anticorpo antifosfolipídeo
  • Diabetes do tipo 1 ou 2
  • Hipertensão crônica
  • Valores baixos no teste de PAPP-A (proteína plasmática associada à gravidez)
  • Histórico de restrição do crescimento intrauterino 
  • Histórico de natimorto (gestação com óbito fetal)
  • Histórico de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia

Além disso, o remédio pode ser indicado se a paciente se encaixar em dois dos seguintes grupos de risco:

  • Primeira gestação
  • Intervalo de mais de 10 anos entre uma a gravidez e outra
  • Histórico familiar de pré-eclâmpsia
  • Gestação por fertilização in vitro
  • Grávida com 40 anos ou mais
  • Gestação múltipla
  • IMC (Índice de Massa Corporal) de 35 ou mais.

Entretanto, quem define quando a gestante deve tomar aspirina para diminuir os riscos de desenvolver algum problema durante a gravidez é o médico. Além disso, é o profissional quem define a dosagem do remédio e por quanto tempo ele será usado.

As contraindicações da aspirina

Remédio na gravidez
Esteja atenta às contraindicações do medicamento

Outro ponto muito importante quando queremos saber se a aspirina faz mal é conhecer quais são as contraindicações do medicamento.

Afinal, se a gestante fizer parte de um dos grupos que não podem tomar o remédio, então, ele faz mal para ela, independente do estágio em que a sua gravidez estiver.

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A bula de aspirina informa que ela é contraindicada para quem aquelas pessoas que apresentam as seguintes condições:

  • Alergia ao ácido acetilsalicílico, a outros medicamentos da mesma classe da aspirina (salicilatos) ou a qualquer outro componente do medicamento
  • Histórico de crise de asma induzida por salicilatos ou outras substâncias de ação semelhante, especialmente anti-inflamatórios não-esteroidais
  • Úlceras do estômago ou do intestino (úlceras gastrintestinais agudas)
  • Tendência para sangramentos (diátese hemorrágica)
  • Insuficiência renal grave
  • Insuficiência hepática grave
  • Insuficiência cardíaca grave

Além disso, o medicamento é contraindicado para quem faz tratamento com metotrexato em doses iguais ou superiores a 15 mg por semana.

Fontes e referências adicionais

Você já tomou aspirina na gravidez? Teve algum efeito colateral indesejado? Comente abaixo!

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