Beber duas xícaras de chá preto por dia está ligado a um risco menor de morte, mesmo que ocorra a adição de açúcar. As informações são de um novo estudo conduzido por pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos e publicado na revista científica Annals of Internal Medicine.
A pesquisa avaliou as informações de 198.043 pessoas, com idades entre 40 e 69 anos, presentes no banco de dados de saúde britânico UK Biobank entre 2006 e 2010. Foram monitoradas a ingestão de chá e a mortalidade por todas as causas – incluindo doenças cardiovasculares, câncer e problemas respiratórios – durante um período de aproximadamente 11 anos.
No fim da análise, os pesquisadores notaram que, entre frequências que variavam de uma xícara ou menos até dez ou mais, o consumo de duas xícaras de chá preto por dia foi relacionado a uma redução de 13% a taxa de mortalidade.
“A maior ingestão de chá foi associada a menor risco de mortalidade entre aqueles que bebiam duas ou mais xícaras por dia, independentemente da variação genética no metabolismo da cafeína. Esses achados sugerem que o chá, mesmo em níveis mais altos de ingestão, pode fazer parte de uma dieta saudável”, escreveram os autores do estudo.
O Instituto Nacional do Câncer também pontuou que trabalhos anteriores já haviam demonstrado o benefício do chá preto, embora de forma modesta. Ademais, as pesquisas eram majoritariamente conduzidas com pessoas de países asiáticos, cujo consumo é maior de chá verde.
O novo estudo, porém, avaliou o impacto do chá preto na mortalidade, o que também não era bem estabelecido. Essa ligação foi observada independentemente da temperatura da bebida, da adição de leite ou açúcar e de variações genéticas que afetam a taxa na qual as pessoas metabolizam a cafeína, enfatizou o instituto.