A diabetes é uma doença que vem se tornando cada vez mais frequente, embora ainda exista muita confusão entre os seus principais tipos, o tipo 1 e o tipo 2.
Essa confusão se deve ao seus sintomas semelhantes, causados principalmente pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Mas saiba que existem fortes diferenças entre esses dois tipos de diabetes.
Então, a seguir iremos conhecer melhor como cada tipo de diabetes afeta o organismo, quais as suas causas e os seus tratamentos.
Veja também: 7 sintomas que podem indicar o início da diabetes – identifique-os e tenha tempo de reverter
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o diagnóstico de diabetes é feito através da identificação de hiperglicemia, com a realização de exames como:
Esses são os exames básicos, mas em alguns casos pode ser necessária a realização de outros exames, para avaliar a presença de autoanticorpos, que estão positivos em casos de diabetes tipo 1.
Mas é importante lembrar que nem toda hiperglicemia significa diabetes. Por isso, é essencial que o diagnóstico e o acompanhamento sejam feitos por um médico, preferencialmente um endocrinologista.
O diabetes tipo 1 também é chamada de Diabetes Juvenil, pois costuma aparecer na infância e adolescência, embora alguns raros casos surjam já na vida adulta.
É uma doença autoimune, ou seja, o próprio organismo cria anticorpos que atacam as células produtoras de insulina do pâncreas, chamadas de células beta. Assim, o pâncreas para de produzir insulina e a doença se instaura. Além disso, ela pode ser classificada de duas formas:
Os sintomas iniciais da diabetes tipo 1 são:
A diabetes tipo 2 é a forma mais comum da doença, sendo responsável por cerca de 90% dos casos de diabetes. Ela está relacionada à má alimentação, ao sedentarismo e à obesidade, e por isso é mais comum em adultos e idosos.
Neste tipo de diabetes, o organismo da pessoa produz insulina, porém ela não é utilizada de forma eficaz, o que leva ao aumento da glicose no sangue. Esse mecanismo é chamado de resistência à insulina.
Assim, o pâncreas precisa trabalhar mais para conseguir controlar os níveis de açúcar no sangue, o que pode levar, caso a doença não seja controlada, a um quadro de “exaustão” do órgão, que passa a produzir menos insulina.
Por isso, casos iniciais e mais leves são tratados com medicamentos chamados hipoglicemiantes, e as injeções de insulina são utilizadas apenas em casos mais avançados.
Quanto ao diagnóstico, a diabetes tipo 2 normalmente leva alguns anos para ser identificada, pois os seus sintomas só são notados quando já estão presentes as complicações de saúde, devido ao excesso de glicose no sangue. Os sintomas incluem:
Entretanto, em pessoas que costumam fazer exames de sangue frequentes (anuais, por exemplo), a diabetes tipo 2 pode ser diagnosticada no início e o tratamento iniciado antes de aparecerem as complicações da doença.
Diabetes tipo 1 | Diabetes tipo 2 | |
---|---|---|
O que está acontecendo em seu corpo | Seu corpo ataca as células beta do pâncreas, que são produtoras de insulina. | Seu corpo não consegue utilizar a insulina produzida de forma correta ou não produz insulina suficiente. |
Fatores de risco | Autoimune, com maior risco para quem tem algum familiar com a doença. | Obesidade e/ou sedentarismo |
Sintomas | Excesso de fome, grande perda de peso, sede extrema, micção frequente, cansaço. | Ganho de peso excessivo e dificuldade em perder peso. |
Controle | Uso de insulina, plano alimentar adequado, atividade física regular e, em alguns casos, uso de hipoglicemiantes orais (ou remédios que melhoram a sensibilidade à insulina). | Dieta, exercícios físicos, medicamentos e, em alguns casos, insulina. |
Cura e prevenção | Atualmente, não há cura ou prevenção. Entretanto, quanto antes iniciar o tratamento da diabetes tipo 1, menores serão as complicações de longo prazo. | Podem haver casos de remissão quando a pessoa consegue diminuir o peso, fazer atividades físicas regulares e manter uma alimentação equilibrada. |
Normalmente os sintomas de diabetes aparecem como queixas relacionadas às complicações da doença já instalada há algum tempo, principalmente no tipo 2.
É extremamente importante que a diabetes seja controlada, e uma medida que ajuda bastante é a alimentação. E é por isso que pessoas com diabetes precisam de um acompanhamento nutricional adequado, além de utilizar os medicamentos prescritos pelo médico.
A dieta deve ser equilibrada e adaptada para cada pessoa, mas de forma geral ela inclui alimentos ricos em fibras e carboidratos complexos, pouco industrializados e com pouco açúcar.
Dentre os alimentos recomendados para os portadores de diabetes, se destacam:
Uma outra dica importante no controle da diabetes é que se mantenha o hábito de fazer atividades físicas, desde que não tenha nenhuma proibição médica.
Embora os dois tipos de diabetes tenham muitas características em comum, sendo a principal a dificuldade de controle de glicose no sangue, são duas condições diferentes.
Então, não é possível que o diabetes tipo 2 se transforme em diabetes tipo 1.
O que pode acontecer é a pessoa com muitos anos de diabetes tipo 1, desenvolver resistência à insulina e precisar usar medicamentos utilizados por diabéticos tipo 2. Ou então um diagnóstico inicial de tipo 2, depois de investigado com exames de anticorpos no sangue, passar a diabetes tipo 1, uma vez que o diagnóstico inicial estava errado.
Não deixe de conferir o vídeo que apresenta os sintomas da diabetes!
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