Há algumas semanas, o tenista Novak Djokovic, atual número um do mundo, despertou curiosidade ao utilizar um pequeno dispositivo colado em seu peito.
Ao ser perguntado sobre o aparelho, Djokovic brincou, dizendo que era o Homem de Ferro, e afirmou que o pequeno equipamento o auxilia a performar o seu melhor em quadra.
O dispositivo, uma espécie de “chip do bem-estar” desenvolvido pela empresa Taopatch, promete ser um aparelho de upgrade humano. Segundo o site da fabricante, o adesivo é uma nanotecnologia, que combina acupuntura e terapia de luz.
O funcionamento do “chip do bem-estar” de Djokovic
De acordo com a Taopatch, o adesivo contém camadas de nanocristais, que captam o calor do corpo do usuário, convertendo-o em impulsos de luz muito fraca.
Então, esses impulsos são emitidos em pontos específicos do corpo. A empresa afirma que essa luz estimula o sistema nervoso central e aprimora a comunicação com o restante do corpo.
A falta de evidências cientificas sólidas
Apesar das alegações da empresa e do interesse demonstrado por Djokovic, é importante ressaltar que a eficácia do “chip do bem-estar” ainda carece de evidências científicas sólidas.
Os estudos disponibilizados pela Taopatch em seu site são limitados e as evidências apresentadas são consideradas fracas, com poucas pessoas envolvidas e sem a comparação adequada com grupos de controle ou placebos.
O placebo é uma “pílula falsa” que não tem efeito de cura, mas pode fazer uma pessoa se sentir melhor porque ela acredita que está recebendo um remédio real. Conforme o endocrinologista Ricardo Barroso explicou ao VivaBem UOL, para saber se uma terapia é eficaz, é preciso compará-la ao placebo.
Além disso, quando há indício de benefício do dispositivo da Taopatch, ele não é estatisticamente relevante em comparação à prática regular de exercícios físicos, que por si só já poderia gerar efeitos positivos. São necessários estudos mais robustos para comprovar a técnica.
Segundo Barroso, que também é diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de São Paulo (SBEM-SP), os estudos reforçam a ideia de que ocorre um “efeito placebo”.
Isso significa que as pessoas sentem que houve melhoras porque acreditam que algo funciona, mesmo que não haja um efeito fisiológico de verdade. Aproveite para entender também se o chip da beleza emagrece.
Nanotecnologia
Vale destacar que a nanotecnologia direcionada à medicina e saúde existe em certo ponto. Barroso apontou que há estudos dentro desse campo científico para medicações, com o intuito de melhorar a ação das substâncias.
Ele esclareceu que se trata da criação de moléculas menores, em tamanho nano. Assim, o medicamento conseguiria atingir melhor determinado órgão, com uma atividade biológica aprimorada, devido a uma melhor biodisponibilidade.
Na prática, a nanotecnologia é utilizada em áreas como capilar e dermatológica, incluindo produtos cosméticos com nanotecnologia. No entanto, ainda não existem provas sólidas de que ela tenha um impacto geral em nosso corpo. As informações são do VivaBem UOL.
O que você achou desse “chip do bem-estar”? Você acredita que ele pode ser uma alternativa interessante para os atletas? Você usaria esse chip? Comente abaixo!
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