A hemoglobina glicada é um dos exames disponíveis para detectar a diabetes e a pré-diabetes, o que é muito importante, especialmente nos últimos anos, tendo em vista que a quantidade de pessoas com essas condições de saúde aumentou bastante.
No entanto, nem todo mundo entende a importância de realizar esse exame periodicamente, nem o risco que a pré-diabetes pode trazer para a saúde.
Então, neste artigo vamos conhecer melhor o exame de hemoglobina glicada, aprender a avaliar os seus resultados e entender exatamente o que é a pré-diabetes e os seus riscos para a saúde.
Veja também: Diferenças entre diabetes tipo 1 e tipo 2
De forma simplificada, chamamos de hemoglobina glicada, ou HbA1c, a hemoglobina que está ligada à glicose.
Essa ligação acontece quando há a presença de glicose no sangue, e todo mundo tem uma pequena quantidade de hemoglobina glicada circulando.
No entanto, quantidades maiores da hemoglobina glicada indicam que a concentração de açúcar no sangue está alta, e que pode existir algum problema no controle da glicemia.
Assim, o exame que mede a quantidade de hemoglobina glicada no sangue é usado para avaliar possíveis casos de pré-diabetes e diabetes tipo 2.
De acordo com o Grupo Fleury de Análises Clínicas, o exame de hemoglobina glicada não necessita de jejum, já que ele não mede a glicemia do momento, mas sim o efeito da glicose nas células do sangue durante os últimos meses.
Assim, é possível fazer uma estimativa de uma média das taxas de glicemia das últimas 12 semanas, e entender como está o controle do nível de açúcar no sangue.
Os valores de referência são:
A hemoglobina glicada alta significa que existe alguma dificuldade do organismo para controlar os níveis de açúcar no sangue.
Assim, a glicemia ficaria acima do normal por muito tempo, causando essa modificação na hemoglobina.
Mas não é qualquer aumento na glicemia que causa a aparição da hemoglobina glicada. Para que isso ocorra, os níveis de açúcar no sangue devem estar altos com frequência.
Por isso, esse exame é usado para diagnosticar a pré-diabetes e mesmo a diabetes tipo 2.
A pré-diabetes é um problema de saúde onde o organismo começa a ter dificuldades para controlar a glicemia, mas ainda não chegou ao ponto da diabetes em si.
Essa dificuldade se deve ao desenvolvimento da resistência à insulina, que faz com que as células do corpo não reajam normalmente a esse hormônio.
Assim, conforme as células do corpo vão ficando resistentes à insulina, os níveis de glicemia vão se tornando cada vez mais altos.
Por isso, após alguns anos, uma pessoa com pré-diabetes não tratada costuma desenvolver diabetes tipo 2.
Como a pré-diabetes é um problema potencialmente sério, o diagnóstico precoce é essencial, e é feito a partir da realização de alguns exames:
A glicemia em jejum, como o próprio nome diz, é a quantidade de glicose presente no sangue durante o jejum. Por isso, o exame é realizado pela manhã, após cerca de 8 horas de jejum.
Já o teste de tolerância à glicose é feito também a partir da medição dos níveis de glicose, mas dessa vez o exame é feito após a administração de uma solução contendo uma quantidade grande de açúcar.
Assim, o exame consegue medir exatamente como o corpo reage ao consumo de alimentos ricos em açúcar.
Após a realização desses exames, o médico poderá avaliar como está a atuação do pâncreas, órgão responsável pela liberação da insulina, e o grau de sensibilidade das células a esse hormônio.
A única forma confiável para diminuir os níveis de hemoglobina glicada é controlar rigorosamente os níveis de açúcar no sangue.
Isso é feito, em geral, com a adoção de um estilo de vida saudável, que inclui:
Por isso, é importantíssimo procurar um profissional de nutrição, para que ele possa avaliar as suas necessidades nutricionais e elaborar uma dieta balanceada e saudável, que irá te ajudar a manter os níveis de açúcar sob controle.
Além disso, realizar um acompanhamento médico regular também é necessário, já que a pré-diabetes pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e outros problemas de saúde.
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