Fortalecer os músculos, diminuir linhas finas e rugas, ajudar contra a flacidez, definir o contorno do rosto e rejuvenescer: Isso é o que promete a atual sensação da internet, a ioga facial. Mas, afinal, será que essa prática, realmente, cumpre o prometido? É o que você vai descobrir neste artigo!
Basta acessar as redes sociais que, pronto, nos deparamos com um, dois e muitos vídeos nos convidando a praticar ioga facial.
Inclusive, famosos e influenciadores confirmam a eficácia dessa prática que, a julgar pelo número de postagens, já virou tendência, pelo menos no que diz respeito ao antienvelhecimento. As promessas são realmente tentadoras!
Mas, não pense que a tendência tem como foco apenas coroas, na verdade, o TikTok, que é a rede social voltada para a geração z, está repleta de vídeos sobre o assunto, que chegam a acumular mais de 2 bilhões de visualizações.
A dúvida, no entanto, apesar dos muitos depoimentos entusiasmados, é se a prática é mesmo isso tudo que os seus fiéis adeptos afirmam categoricamente.
O fato é que, embora os defensores da ioga facial garantam os resultados, é necessário saber até que ponto é modismo ou, se realmente esse esfregar, esticar ou puxar diferentes áreas do rosto vale a pena.
De um lado, os fiéis defensores garantem resultados, que vão desde dar um brilho rejuvenescido à pele, ajudar a amenizar rugas a levantar e devolver o contorno do rosto e pescoço. Do outro, a ciência ainda não deu um parecer definitivo.
O que dizem os estudos?
Em uma pesquisa de 2018, realizada pela Universidade Northwestern com 27 voluntários com idades entre 40 e 65 anos, os participantes tinham que realizar exercícios faciais durante 30 minutos diariamente por dois meses.
Após esse período, eles precisavam realizar os exercícios em dias alternados, por mais 12 semanas. O resultado apontado foi que os participantes pareciam quase três anos mais jovens ao término das 20 semanas.
Pois é, de acordo com a conclusão da pesquisa, eles “pareciam melhorar a plenitude facial média e inferior”. O problema, no entanto, foi o uso do verbo “pareciam”, que foi justificado pela falta de provas robustas para uma conclusão favorável.
Embora a ciência seja, e precise ser, sempre muito cautelosa com suas conclusões, nesse caso, realmente, não houve provas suficientes para um parecer mais positivo. Primeiro, o número de participantes foi pequeno e composto exclusivamente por mulheres de meia-idade.
Além disso, 11 delas desistiram antes do final, sem citar que também não houve um acompanhamento mais de perto, para verificar se algum dos participantes interrompeu a prática após o término do estudo e, em caso afirmativo, se algum benefício permaneceu.
Portanto, fora o número progressivo de vídeos nas redes sociais sobre os benefícios “comprovados” do efeito antienvelhecimento proporcionado pela Ioga facial, não há nenhuma garantia de que, realmente, a rotina exigente desses exercícios promove o rejuvenescimento.
Além disso, é preciso considerar que mesmo para quem esteja muito determinado a rejuvenescer através da ioga facial, fica difícil sustentar esses exercícios faciais, se comprometendo a fazê-los diariamente, por um longo período de tempo.
Mas, claro, isso não significa que a ioga facial não promova benefícios. Aliás, não é arriscado dizer que apenas substituíram o nome da boa e velha conhecida massagem facial, que traz muitos benefícios, desde liberar a tensão muscular, até estimular o fluxo sanguíneo da região, o que pode ser uma explicação para o tal “brilho” citado por alguns adeptos.
No mais, enquanto cientistas não chegam a uma conclusão, sempre vale a pena dar uma revigorada na aparência, só não espere sair da sessão sem rugas.