Letticia Munniz, 35 anos, compartilhou com seus seguidores algumas medidas que tomava devido à vergonha que sentia do próprio corpo.
Com um look de verão todo recortado, a modelo e apresentadora reflete sobre a construção de sua autoestima.
“Quem me vê assim me achando toda gostosona, sem vergonha do meu corpo, nem imagina que há muitos anos, quando eu ia na praia, passava o dia inteiro em pé porque tinha vergonha de sentar, minha barriga dobrar e as pessoas verem. Mas deixa eu falar uma coisa: a barriga de todo mundo dobra. É completamente normal”, pontuou.
A influenciadora digital também admite que falar sobre o verão pode ser um gatilho para algumas de suas seguidoras.
“Se você é uma mulher fora do padrão, o verão é ou já foi um tópico sensível para você. Eu sei disso porque foi para mim por muitos anos. Até que eu decidi que verão é época de ser feliz, não importava o corpo que eu tivesse. Eu também merecia ser feliz. Até porque o corpo de verão é o corpo que você tem”, concluiu.
Letticia ouviu que não conseguiria ser artista se não emagrecesse
Quando mais nova, Letticia Munniz era uma criança magra e praticava ginástica olímpica desde os sete anos. Quando entrou na puberdade, no entanto, o corpo começou a mudar.
“(…) Então, a coxa, o peito, a bunda e os braços foram crescendo. Comecei a ter problemas aí. Meu corpo mudou e eu ouvia de todo mundo que eu estava gorda e tinha que emagrecer. Meus problemas vieram de fora para dentro”, recordou, em entrevista recente à Quem.
“Eu fazia exercícios e comia normal, mas me disseram que eu estava gorda e que não podia ser assim. Meus irmãos comiam da mesma forma que eu, mas eram magros. Busquei na internet como emagrecer. Então, isso entrou na minha cabeça de um jeito muito ruim”, lamentou.
As críticas, claro, começaram a mexer com Letticia Munniz. “Eu ouvia o tempo todo como o meu corpo estava feio e que desse jeito não dava para eu ser a artista que eu dizia que queria ser. Comecei a desenvolver bulimia, vício em laxante, compulsão alimentar… Foram 18 anos de muito sofrimento, dos 10 até os 28 anos”, relatou.
“Ao mesmo tempo que eu vomitava as coisas que comia ou deixava e comer, vinha a compulsão. Quando eu comia, comia muito mais. Isso me fazia muito mal. Foi um ciclo de longos 18 anos até que eu não aguentei mais passar por isso. Hoje sei que gorda é apenas o contrário de magra e que assim como magra não é elogio, gorda não é um xingamento. Mas na época não entendia isso”, assumiu.
Ela, então, começou a desenvolver distúrbios alimentares: “Desde criança ela sonhava com essa oportunidade como apresentadora, mas por muitos anos foi desestimulada por ter um corpo pouco visto nas telinhas. “Eu ouvia o tempo todo como o meu corpo estava feio e que desse jeito não dava para eu ser a artista que eu dizia que queria ser. Comecei a desenvolver bulimia, vício em laxante, compulsão alimentar… Foram 18 anos de muito sofrimento, dos 10 até os 28 anos”.
Agora, Letticia quer servir de exemplo para as seguidoras.
“Amo meu trabalho como influenciadora porque por meio dele posso ajudar muitas mulheres a mudarem a visão que elas têm delas mesmas, além de ajudar a mudar a sociedade e a moda. Luto muito por isso porque não é algo fácil”, declarou.