Um caso surpreendente tomou conta das redes sociais nesta última semana: uma mulher inglesa diz ter acordado, de repente, com sotaque galês, mesmo sem nunca ter ido visitar o País de Gales. Zoe Coles, 36 anos, pediu ajuda de neurologistas para solucionar o seu caso.
A mulher usou as redes sociais para implorar por ajuda e afirma temer que o sotaque nunca desapareça. A situação aconteceu durante uma noite em junho de 2023, mas só foi divulgada na mídia nesta última terça-feira (19).
Zoe mora em Stamford, na Inglaterra, e é mãe de dois filhos. Ao passear na rua, a mulher é frequentemente questionada se vem de outro país. A ex-bartender admite ficar ansiosa sempre que precisa sair de casa, pois sente que não se encaixa mais onde mora, devido a sua voz.

A mulher acredita ter a Síndrome do Sotaque Estrangeiro (FAS, da sigla em inglês), condição extraordinariamente rara, com apenas 150 casos registrados em todo o mundo desde sua primeira menção, em 1907. O problema costuma ser resultado de uma lesão na cabeça ou no cérebro, como acidente vascular cerebral (AVC).
Ademais, a FAS pode ocorrer após sangramento cerebral, trauma ou tumor. Outras causas relatadas estão associadas à esclerose múltipla e transtorno de conversão.
Antes de se transformar em galês, o sotaque de Coles se desenvolveu em alemão. “Estou lutando muito, você nasce com uma voz, você cresce e desenvolve uma maneira de falar. Isso foi tirado de mim. Mesmo que isso tenha me dado um impulso de confiança, eu adoraria que tudo desaparecesse e a vida voltasse ao normal”, desabafou ela.
Diariamente, Zoe abre o coração sobre sua condição de saúde em sua conta no TikTok. Lá, ela disse que tem um distúrbio neurológico que pode estar associado à questão da fala.
“Parte de mim aprendeu a lidar com isso, mas encontrei alguns galeses que me perguntaram de onde eu sou. Isso é realmente difícil, não quero mentir e dizer que sou de algum lugar do País de Gales. Não tenho ideia sobre o País de Gales, nunca estive lá”, garantiu.
Coles já consultou um neurologista, que informou que nada pode ser feito. No entanto, a mulher quer opiniões de outros profissionais.
“Quero conscientizar e mostrar que esta é a vida real. Estou falando também porque quero que as pessoas vejam que essas coisas realmente acontecem. No entanto, me causa problemas, sinto dores de cabeça e formigamento no rosto. Não é só o sotaque, é muito difícil para mim”, explicou.