Palpitação cardíaca: o que causa e como evitar

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A palpitação cardíaca é um fenômeno em que o batimento cardíaco fica mais forte e acelerado, de modo que causa um incômodo no peito e na garganta. Tem duração de segundos ou minutos, dependendo da causa da palpitação.

As causas mais comuns de aumento dos batimentos cardíacos são:

  • Muito esforço físico em um exercício.
  • Sono desregulado.
  • Ansiedade, estresse ou síndrome do pânico.
  • Uso de alguns medicamentos, como antibióticos, pílulas dietéticas, remédios para asma e resfriado, antifúngicos, entre outros.
  • Consumo exagerado de estimulantes, como álcool, nicotina ou cafeína.
  • Problemas hormonais e sintomas da menopausa.
  • Baixo nível de glicose no sangue.
  • Febre.
  • Desidratação.

Em alguns casos, também é possível sentir a palpitação na gravidez, visto que a frequência cardíaca e a quantidade de sangue na circulação aumentam para oferecer maior suporte ao feto. 

Além disso, a causa pode estar relacionada a quadros de anemia, problemas na tireoide e no coração (arritmia).

Quando procurar um médico?

Consulta com cardiologista
É importante buscar ajuda médica para investigar e tratar a palpitação adequadamente

Se as mudanças de palpitação forem frequentes e se vierem acompanhadas de tontura, dor no peito, falta de ar e desmaio, é recomendado que você procure fazer um eletrocardiograma (ECG) para descobrir a causa e prevenir outras complicações relacionadas à saúde do seu coração. 

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Anote sempre que sentir alguma mudança ou aumento no ritmo dos batimentos cardíacos. Observe em que situações elas ocorrem, o tempo de duração das palpitações e quais outros sintomas você geralmente sente.

Além do eletrocardiograma, o médico pode solicitar exames de sangue e urina, testes do seu nível de estresse, raio-x do tórax e ecocardiograma. O monitor de Holter, que é um exame de monitoramento do coração por 24 ou 48 horas, pode ser utilizado para que o profissional obtenha um registro mais preciso do seu ritmo cardíaco.

Como parar a palpitação acelerada?

O tratamento irá depender da causa da palpitação cardíaca. Primeiro, é importante evitar o que provoca as ocorrências de palpitação, como situações e ambientes estressantes, tabagismo, cafeína e álcool. 

Se a causa direta for um problema no coração, você precisará tomar remédios betabloqueadores ou bloqueadores de cálcio para controlar o funcionamento desse órgão.

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Em eventos estressantes, ela pode vir acompanhada de sudorese, muita dificuldade para respirar, calafrios e dor no peito. Nesses casos, incluir algumas práticas na sua rotina pode ser útil para manter o equilíbrio emocional e a calma, como:

  • Ioga
  • Tai chi
  • Meditação guiada
  • Exercícios de respiração
  • Aromaterapia.

Em caso de aumento dos batimentos cardíacos após usar um remédio específico, você deve informar ao seu médico para que ele possa prescrever outro medicamento a fim de diminuir esse efeito adverso.

Uma vez que a pessoa tenha o hábito de fumar ou usar adesivos com nicotina, a melhor medida de tratamento será parar com o consumo. A mudança na frequência cardíaca não será rápida, mas poderá ser observada depois de 3 a 4 semanas sem o uso da nicotina.

Fazer exercícios regularmente irá equilibrar diversos processos metabólicos, como nível de açúcar no sangue, resistência cardíaca e respiratória, pressão arterial e níveis de colesterol, por exemplo. Consequentemente, com a melhora desses níveis metabólicos, as alterações cardíacas são prevenidas. 

Em resumo, separamos essas 10 dicas para reduzir o risco de palpitações:

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  1. Identifique o evento gatilho. Faça um diário com anotações de situações do dia a dia, alimentação, medicação e estado emocional, para saber o que está mais relacionado aos episódios de palpitação.
  2. Quando estiver sentindo muito estresse e ansiedade, tente começar sua rotina diária com uma meditação de 5 minutos. Você pode também praticar a meditação antes de dormir para relaxar, ou separar um tempo para praticar ioga em qualquer hora do dia.
  3. Se você observar que as palpitações ocorrem depois de tomar uma medicação, consulte seu médico para verem juntos uma outra opção.
  4. Evite tomar mais do que 3 xícaras de café por dia e evite outras bebidas energéticas.
  5. Não fume, ou reduza gradualmente o hábito de fumar até a parada definitiva. Evite também o uso dos adesivos com nicotina. 
  6. Se exercite, no mínimo, 5 dias por semana. Uma caminhada matinal de 1 hora já pode fazer muita diferença na sua saúde.
  7. Cuide da sua alimentação, buscando sempre alimentos ricos em nutrientes.
  8. Não fique em jejum por muitas horas sem acompanhamento nutricional. Isso reduz a taxa de glicose no sangue, podendo causar palpitações e desmaios.
  9. Evite o consumo exagerado de bebidas alcoólicas.
  10. Faça um check-up de rotina da sua saúde, a cada 6 meses, para ter controle dos níveis de colesterol e pressão arterial, além dos níveis hormonais mais importantes que podem influenciar no seu bem-estar.

Outras complicações no coração

Problemas cardíacos
É fundamental ficar atento aos sinais de problemas cardíacos

A insuficiência cardíaca acontece quando a capacidade do coração de bombear sangue é reduzida devido a uma arritmia. Essa condição afeta, principalmente, um dos lados do coração, mas pode afetar ambos os lados em casos avançados. Pode aparecer de forma repentina ou se tornar crônica, ocorrendo durante semanas, meses ou anos. 

Outra complicação ocorre em um quadro de doença arterial coronariana, quando os vasos sanguíneos não conseguem enviar sangue, nutrientes e oxigênio suficientes para o coração. Essa complicação resulta do entupimento parcial ou total dos vasos em consequência do nível elevado de gordura no sangue.

Outros problemas podem ser originados do mau funcionamento das válvulas cardíacas ou do músculo cardíaco.

A palpitação pode aparecer também associada a quadros de desmaios e derrames. Então, se você estiver com suspeita de alguma dessas complicações, é mais seguro consultar um profissional de saúde.

Fontes e referências adicionais

Você já teve que ir ao médico devido à palpitação cardíaca? Qual foi o tratamento prescrito por ele? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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