Recentemente, Pérola Faria, 33 anos, contou ter sido diagnosticada com uma hepatite autoimune. A doença causa inflamação crônica no fígado devido ao ataque do sistema imunológico às próprias células hepáticas.
A atriz comenta os desafios do diagnóstico e do tratamento. “Eu descobri no final de julho, quando fiz uma biópsia. Há uns sete anos, já tinha tido uma alteração hepática. Na época, fiz ultrassonografia e todos os exames de imagem, e meu fígado estava sempre bonitinho. Não era nada aparente em imagem que sugerisse algum problema”, relatou ao jornal O Globo.
“Anos depois, tive o Joaquim (filho da artista, atualmente com dois anos) e, com a gravidez, o meu fígado começou a sobrecarregar. Aos pouquinhos, as taxas foram aumentando. Comecei a investigar e vi que era algo na célula. Eu não sabia o que era, mas já sabia que algo estava errado”, completou.
Pérola Faria admite que sentiu bastante medo quando recebeu o diagnóstico. “Eu sabia que era uma doença silenciosa. Já soube de algumas pessoas que morreram de hepatite ou cirrose, mesmo sem beber, e fiquei com medo. Nunca gostei de bebida e aí falei: ‘Caramba, tenho um problema no fígado mesmo sem beber e que é muito serio’. Você não sabe qual vai ser o resultado, mesmo tomando todos os cuidados necessários”, lamentou.
“Quando descobri, já estava avançada, no grau 2, formando uma fibrose. Fiquei esse tempo todo achando que era outra coisa e sem tratar. Ela foi avançando aos pouquinhos, e isso me deixou insegura”, confessou.
Tratamento intenso
Imediatamente, Pérola Faria iniciou o tratamento com altas doses de corticoide e sofre com muitos efeitos colaterais. “Você perde o sono, incha, a pele fica frágil, e a imunidade cai demais. Ainda não tenho o resultado da remissão. Estou esperando e torcendo muito para que tenha regredido para o grau 0. Estou me cuidando de todas as formas, mas, se apenas estagnar, já estará de bom tamanho. Como é uma doença autoimune, tenho que ficar de olho continuamente e seguir me tratando”, defendeu.
A artista e instrutora de yoga revelou a descoberta da doença há cerca de três semanas. “Em julho deste ano, eu recebi um diagnóstico por causa das minhas taxas altas no fígado, desde a gestação. Quanto mais eu me informava, mais eu me assustava, por saber que era uma doença silenciosa, que já levou várias jovens a óbito por não ter tratamento adequado”, desabafou.
Bastante emocionada, Pérola Faria disse que precisou passar por muitos exames até que, enfim, os médicos descobriram do que se tratava. “Eu segui realista, mas vivi minha vida. (O tratamento) Vai durar quatro anos, então preciso ser feliz nesse processo”, concluiu.