O prolapso uterino ou útero baixo é uma condição em que os músculos e ligamentos do assoalho pélvico enfraquecem até que não conseguem mais dar o suporte necessário ao útero.
Então, o útero desce para o interior da vagina e, em alguns casos, pode até mesmo sair para fora da vagina.
Causas e fatores de risco
Esse enfraquecimento dos músculos pélvicos e tecidos de suporte que caracterizam o prolapso uterino pode ser causado por um parto difícil ou trauma durante o parto, por níveis mais baixos de estrogênio após a menopausa e pelo ato de levantar coisas pesadas repetidamente.
A condição é mais comum em mulheres que já tiveram um ou mais partos vaginais, já estão na menopausa, têm histórico familiar de prolapso uterino e já fizeram cirurgias pélvicas. O risco de ter um prolapso uterino aumenta com a idade e os fatores de risco para o problema também incluem:
- Ser mais velha quando teve o primeiro bebê.
- Dar à luz a um bebê de tamanho grande.
- Obesidade.
- Constipação crônica.
- Ser hispânica ou branca.
- Bronquite ou tosse crônica, devido ao hábito de fumar, por exemplo.
Os graus de prolapso uterino
O prolapso uterino é dividido em quatro graus, conforme o nível de descida do útero pela vagina:
- Grau 1: O útero desce para a parte superior da vagina.
- Grau 2: O útero cai na parte inferior da vagina.
- Grau 3: O útero se projeta para fora da vagina.
- Grau 4: Todo o útero já se desloca para fora da vagina.
Sintomas
Um prolapso uterino leve é comum após o parto, mas nestes casos a condição geralmente não provoca sintomas. Já os prolapsos uterinos de nível moderado a severo podem trazer os seguintes sintomas:
- Dor durante o sexo.
- Dor, pressão ou desconforto na pélvis, abdômen ou lombar.
- Constipação.
- Sentir ou ver um volume de tecido saindo pela vagina.
- Sensação de peso ou pressão na pélvis.
- Problemas urinários como incontinência urinária, necessidade de urinar com frequência ou urgência repentina para urinar.
- Sensação de que a bexiga não esvazia completamente ao usar o banheiro.
- Dificuldade de ter um movimento intestinal e necessidade de pressionar a vagina com os dedos para ajudar a ter um movimento intestinal.
- Sentir como se estivesse sentando em uma bola pequena.
- Sensação de que o tecido vaginal está esfregando na roupa.
- Sentir como se o tecido vaginal estivesse solto.
- Dificuldade de inserir absorvente interno.
A mulher que apresentar um ou mais dos sintomas descritos acima e desconfiar que pode estar com prolapso uterino precisa procurar a ajuda médica rapidamente para receber o tratamento adequado.
Diagnóstico e tratamento
Para saber se a paciente está com prolapso uterino, o médico faz um exame pélvico na paciente para identificar se o útero desceu da sua posição original. Ele também pode pedir para a mulher tossir ou fazer como se estivesse segurando o xixi, o que pode ajudar o profissional de saúde a avaliar como ou se os músculos estão fracos.
Na consulta, a paciente provavelmente vai precisar responder a uma série de perguntas, cujas respostas ajudam o médico a analisar como o prolapso uterino afeta a vida da mulher e a tomar as decisões quanto ao tratamento.
Por falar nele, o tratamento do prolapso uterino pode incluir opções sem ou com cirurgia, conforme cada caso.
O tratamento sem cirurgia inclui medidas para aliviar os sintomas ou evitar a piora da condição, como exercícios para fortalecer os músculos pélvicos, os chamados exercícios de Kegel, que podem ser o único tratamento necessário em casos de prolapso uterino leve.
Perder peso ou tratar a constipação também são medidas que podem ajudar. Além disso, o médico pode indicar o uso do pessário vaginal, um dispositivo de silicone que é introduzido na vagina e ajuda a sustentar o útero e a segurá-lo no lugar.
O médico é quem coloca o pessário e o dispositivo precisa ser retirado com frequência para limpeza, além de dever ser removido antes do sexo.
Cirurgia
Além disso, há situações em que o médico pode indicar um procedimento cirúrgico para tratar o prolapso uterino.
Uma alternativa é a cirurgia de reparação, em que o útero é colocado de volta à sua posição normal. O procedimento pode ser feito através da vagina ou do abdômen, dependendo da técnica escolhida pelo médico.
Outra opção é a cirurgia de remoção do útero através de um procedimento chamado de histerectomia, que impossibilita que a paciente engravide no futuro.
Fontes e referências adicionais
- Pelvic Organ Prolapse, United Kingdom National Health Service
- Uterine and Apical Prolapse, Merck Manual Professional Version.
- Kegel Exercises. National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases.
- Uterine Prolapse, Treasure Island (FL): StatPearls Publishing.
- Pelvic Organ Prolapse, Office on Women’s Health, Office of the Assistant Secretary for Health, U.S. Department of Health and Human Services.
- Surgical Management of Pelvic Organ Prolapse in Women, Cochrane Database of Systematic Reviews.
Boa tarde me chamo Eliane fui diagnosticada com prolapsos uterino de 3 graus, o útero está começando a sair pela vagina, o médico disse que eu preciso fazer cirurgia para retirada do útero, não sei mais o que fazer, não quero tirar o meu útero