Um jovem de 14 anos contraiu a febre hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC), considerada a “doença mais mortal do mundo”. A condição pode causar até sangramento nos olhos.
O caso foi registrado no Paquistão, onde existe outra suspeita de infecção pela doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema mata até 40% das pessoas atingidas.
A transmissão aos humanos acontece por meio de picadas de carrapatos infectados ou pelo contato direto com o sangue de animais doentes. A febre hemorrágica é endêmica em locais onde o clima é quente.
O Hospital Fatima Jinnah Chest, de Quetta, no Paquistão, confirmou que o adolescente testou positivo para o vírus.
“O paciente infectado está sendo tratado na ala de isolamento do Congo, mas temos outro paciente suspeito do Congo cujo relato ainda não foi confirmado”, informou o Dr. Zubair Mandokhail, superintendente médico adjunto da unidade.
Só este ano, já foram registrados 23 casos de FHCC e cinco mortes pela doença desde janeiro. Os hospitais nos países atingidos costumam registrar um aumento de casos próximo ao Eid, festival islâmico celebrado depois da peregrinação anual do Hajj, período em que as pessoas compram e abatem animais em grandes números.
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Os sintomas da infecção podem variar entre uma doença febril leve, como uma gripe, a uma condição grave, que inclui sangramento, falência de múltiplos órgãos e choque.
Conforme o tabloide The Sun, cientistas temem que a doença possa estar expandindo para fora de seus territórios habituais e se movendo em direção a países como França e Grã-Bretanha, devido ao aquecimento global. As informações são de O Globo.