Crianças que Veem Desenhos Com Personagens Gordinhos Tendem a Comer Mais

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Uma pesquisa publicada no Journal of Consumer Psychology (Jornal da Psicologia do Consumidor, tradução livre) identificou que as crianças que assistem a desenhos que possuem personagens com quilos em excesso tendem a comer mais.

Os cientistas responsáveis pelo estudo verificaram que os jovens que viram um personagem animado gordinho consumiram o dobro da quantidade de besteirinhas que aqueles que assistiram a um programa com protagonistas que apresentavam uma silhueta mais fininha.

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores selecionaram 60 estudantes da oitava série e pediram que eles avaliassem a qualidade da tipografia utilizada em um questionário e então olhassem a figura de um personagem de desenho animado, que poderia ser gordinho ou mais magrinho.

Então, um dos pesquisadores da equipe liderada pela professora de marketing da Universidade de Colorado em Boulder, nos Estados Unidos, Margaret Campbell, disse a cada um deles: “Obrigada por sua ajuda, você pode pegar um docinho” e apontava para uma tigela cheia de guloseimas.

Os estudiosos observaram que, em média, os alunos que observaram o personagem acima do peso pegaram 3,8 doces, enquanto o restante dos participantes, que olharam a imagem do personagem em forma, levaram 1,55 guloseimas embora.

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Outro experimento revelou que mesmo quando os jovens viram o personagem gordinho ao lado de um magro, eles ainda pegaram mais guloseimas do que aqueles que olharam exclusivamente a imagem do mais magro.

A professora Campbell explicou que ela e seus colaboradores não sabiam com certeza se os personagens da ficção poderiam evocar algum tipo de reação no comportamento humano, mas que eles tinham a suspeita de que os protagonistas dos desenhos poderiam estimular uma associação com determinados esteriótipos dentro da mente das crianças que os acompanham.

“Nós ficamos interessados em pesquisar isso porque crianças veem personagens de desenho animado, como o Patrick Estrela (de Bob Esponja Calça Quadrada), por exemplo, agindo como seres humanos”, afirmou a acadêmica da Universidade de Colorado em Boulder.

Campbell também detalhou como os estereótipos podem influenciar o comportamento das pessoas. Ela citou o exemplo de que quando pensamos em pessoas velhas e as relacionamos com a ideia de que idosos andam devagar, o ritmo da nossa caminhada também se torna mais lento.

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“Na nossa sociedade, nós temos um estereótipo de que alguém que tem excesso de peso come guloseimas que são ricas em calorias e pobres em nutrientes”, completou a professora. Logo, o comportamento das crianças que pegaram mais doces pode ter acontecido no sentido de imitar o que elas acharam que o personagem mais gordinho que elas tinham acabado de ver faria naquela situação.

A boa notícia é que um terceiro experimento realizado pelos pesquisadores mostrou quem nem sempre os jovens exageram nos docinhos ao assistir a um desenho animado com um personagem gordinho.

Isso porque quando as crianças que participaram do estudo tiveram que responder um teste acerca de seus conhecimentos em relação à alimentação saudável antes de olhar a imagem do personagem em questão, eles pegaram a mesma quantidade de guloseimas, sendo o desenho de um gordinho ou magrinho.

Para a pesquisadora Campbell, isso mostrou que é possível controlar o consumo de docinhos por parte dos jovens, e para ela o jeito mais eficiente de fazer isso é não permitir que as crianças comam enquanto assistem à televisão ou jogam videogame.

“Todos nós amamos comida e nós não estamos dizendo para você não a aproveitar. Mas não misture comida com outras formas de entretenimento que encorajem o ato de comer”, aconselhou a professora.

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Se você tem filhos, permite que eles comam enquanto assistem à televisão? Consegue enxergar o resultado dessa pesquisa em casa? Comente abaixo.

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