A dieta planetária é um programa de alimentação que não tem o objetivo de apenas promover a saúde das pessoas, ela também se preocupa com a saúde do planeta. Afinal, o método se baseia na ideia de que é possível nutrir a população de maneira sustentável, sem prejudicar o meio ambiente.
A origem da dieta planetária está situada em uma colaboração entre a EAT Foundation, uma organização global sem fins lucrativos dedicada à reforma dos sistemas alimentares, e a Lancet Commission, um grupo de especialistas em várias disciplinas.
Juntos, eles lançaram em 2019 um relatório detalhado, propondo esse modelo de dieta para atender tanto à saúde humana quanto à saúde do planeta.
O que temos aqui não é uma simples dieta no sentido tradicional, mas um conjunto de diretrizes para um estilo de vida alimentar que busca equilibrar as necessidades nutricionais humanas com a sustentabilidade ambiental.
Resumidamente, a dieta planetária enfatiza o consumo de alimentos de origem vegetal, ao mesmo tempo que reduz a ingestão de produtos de origem animal, especialmente a carne vermelha.
Assim, os legumes e as frutas são predominantes no cardápio enquanto a carne e os laticínios não são totalmente excluídos, mas devem ser consumidos em uma quantidade muito menor.
A ênfase em alimentos vegetais ricos em fibras e pobres em gorduras saturadas contribui para a redução do colesterol e melhora a saúde do coração.
Segundo a Associação Americana do Coração, consumir muita gordura saturada pode aumentar o nível do colesterol ruim (LDL) no sangue. Um nível sanguíneo elevado de LDL aumenta os riscos de desenvolver doença cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).
Além disso, o consumo de fibras, principalmente fibras solúveis, pode diminuir os níveis do colesterol LDL. Isso porque a fibra solúvel forma uma espécie de gel nos intestinos, desacelerando a digestão.
Ela também prende o colesterol e evita que o organismo o reabsorva na corrente sanguínea. Então, o colesterol que foi capturado é eliminado do organismo por meio das fezes.
A alta ingestão de fibras provenientes de frutas, vegetais e grãos integrais presentes na dieta planetária contribui para uma digestão saudável e um microbioma intestinal equilibrado.
As fibras insolúveis promovem o movimento de conteúdos pelo sistema digestivo e aumentam o volume das fezes, podendo beneficiar quem sofre de constipação (prisão de ventre) ou fezes irregulares. Afinal, fezes mais volumosas são mais fáceis de serem eliminadas.
Uma vez que incentiva o consumo de alimentos de origem vegetal, o cardápio da dieta planetária, se bem organizado, pode ser composto por uma série de comidas naturais e nutritivas, que permitem uma ingestão adequada de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes.
Isso pode contribuir para a saúde como um todo, incluindo o sistema imunológico, e para um menor risco de má nutrição.
A perda de peso não é um dos princípios ou objetivos da dieta planetária. No entanto, como apresenta uma alta qualidade nutricional, o programa alimentar pode contribuir para o emagrecimento.
Mas, para isso, é importante escolher alimentos nutritivos para as refeições da dieta planetária e não extrapolar na quantidade de calorias.
A dieta planetária se baseia nos seguintes princípios:
Antes de começar a seguir a dieta planetária, é fundamental consultar um nutricionista para garantir que o método é o mais indicado para você.
Além disso, uma vez que a dieta prevê uma redução significativa no consumo de carne e laticínios, você vai precisar da ajuda do profissional de saúde para aprender a substituir os nutrientes presentes nesses alimentos, como proteínas, vitamina B12, ferro e cálcio.
É fundamental certificar-se de consumir uma variedade bem ampla de alimentos para adquirir os nutrientes necessários e fazer as combinações corretas para melhorar a absorção desses nutrientes.
Por exemplo, o ferro dos alimentos vegetais não é tão bem absorvido quando o de origem animal, mas consumir comidas fontes de ferro com vitamina C melhora essa absorção.
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