Kari Eads via seu peso subir e descer ao longo dos anos e ficava frustrada com esse processo. Acabou sendo diagnosticada e tratada por depressão grave para finalmente quebrar esse ciclo.
Kari recentemente compartilhou fotos do seu progresso antes e depois no Instagram e falou sobre sua experiência na legenda. “Embora eu não possa te dizer quando minha jornada para reconhecer o amor próprio começou, eu posso dizer quando pensei sério sobre me tornar minha melhor amiga. Março de 2016”, escreveu ela.
“Depois de décadas odiando a mim mesma, com falta de confiança e dor emocional, de pé sobre a balança pesando quase 110 kg com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, eu decidi que eu teria que ter coragem suficiente para salvar a minha vida”.
Ela fez uma consulta com o médico, que disse que ela estava “deprimida” e lhe deu uma receita para antidepressivos. “Eu estaria mentindo se eu lhe dissesse que não pensei que essas pequenas pílulas brancas iriam salvar minha vida”, disse Kari. “No último 1 ano e meio, aprendi que não há pílulas mágicas. Aquelas pequenas pílulas brancas acalmaram a interminável discussão negativa correndo na minha cabeça, mas elas não corrigiram o que precisava da maior cura… Minha alma”.
Kari conta que suas mudanças físicas e emocionais começaram em 2009 após duas mortes próximas em sua família
“Eu sempre tive o apoio da minha família, e todos se foram”, diz ela. “Era eu contra o mundo, tentando levar tudo isso e processar o sofrimento”. A essa altura, Kari diz que tentava se auto-medicar com álcool, compras e comida, mas sentia-se ainda pior.
Kari treinou para uma meia maratona e perdeu peso no processo, mas, depois que a corrida terminou, ela ganhou tudo de volta. Ela fez um desafio de perda de peso no trabalho e passou a medidas extremas para perder peso, incluindo uma dieta de jejum e duas horas por dia de aeróbicos. “Depois de pesar, fiquei tão orgulhosa de mim mesmo, mas imediatamente voltei para a comida porque eu morria de fome”, diz ela.
Além de lutar com seu peso, Kari estava lutando mentalmente. Depois de deixar um emprego em que não estava satisfeita, sentiu-se bem por alguns meses, até o inverno chegar e ela experimentar transtorno afetivo sazonal. Kari diz que geralmente dormia no sofá durante o dia, enquanto seu filho brincava no iPad, e ela tinha dificuldade em fazer tarefas básicas como lavar a roupa e a louça. “Eu era simplesmente uma pessoa miserável”, disse.
Após a consulta com o médico, Kari começou os antidepressivos, o que ela diz “abriu a tampa” dos seus problemas. Mas ainda assim, não era uma solução mágica
“Finalmente, me veio à cabeça: ‘Kari, você vai ter que fazer algum esforço'”, disse ela. Então, ela começou a seguir perfis motivacionais nas mídias sociais e ler o livro de auto-ajuda, Adventures for Your Soul. “Eu simplesmente continuava cavando profundamente em mim e tentando curar aquelas pequenas coisas que eu continuava carregando comigo que me faziam eu não me aceitar”, diz ela.
Ela também começou a se concentrar em sua dieta e começou a fazer um treino de dança aeróbica em casa. “Em 60 dias, perdi 13,5 kg”, diz Kari. “Estas foram mudanças radicais para mim e eu me senti bem no meu corpo”. Desde então, ela perdeu ainda mais peso e o impediu de voltar.
Seu humor, além de outras coisas, pode afetar seu peso
E se você está lutando com um transtorno de humor não diagnosticado como depressão, é possível que o tratamento certo possa ajudá-lo a sentir mais controle sobre seu peso, diz o psquiatra Gail Saltz.
Embora os antidepressivos sejam úteis para alguns pacientes, o tratamento também geralmente inclui terapia, que ajuda as pessoas a mudarem pensamentos e comportamentos negativos. Este tipo de terapia orienta os pacientes a identificar barreiras na sua vida e como lidar com elas. Isso pode incluir técnicas de relaxamento e mudanças de estilo de vida, como se concentrar em dormir bem, aprender comportamentos saudáveis e perceber os fatores que podem estar contribuindo para a sua depressão e hábitos não saudáveis.
Aprender que você é digno de ser cuidado – especialmente por você mesmo – muitas vezes é uma parte fundamental do tratamento de sua depressão
Kari diz que ela teve alguns altos e baixos em sua jornada em direção ao amor próprio, mas ela se sente “fabulosa” agora. “Sinto que tenho muita clareza e um maior senso de mim mesma”, diz ela. “Claro, eu adoraria perder mais 10 kg e ter uma barriga tanquinho, mas está tudo bem se isso não acontecer. Estou fazendo escolhas saudáveis porque isso me faz sentir melhor na minha própria pele”.
Eu estou passando por isso e pelo mesmo motivo. Sempre fui magrinha, porém após perder os meus pais e duas irmãs, um após o outro, fui ganhando peso e isso está me deixando cada vez mais deprimida. Sinto-me feia, velha e gorda. Às vezes tenho vontade de morrer para aliviar a dor que sinto.