Quem nunca soltou um palavrão em um momento de raiva, quando bate o dedão do pé ou levantando um peso muito grande, por exemplo, que atire a primeira pedra. E você sabia que existe uma explicação científica para isso? E que, aliás, a ação pode aumentar a força? Isso mesmo!

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Keele, no Reino Unido, mostra que falar palavrão durante o esforço físico pode ajudar a aumentar a força e a resistência do corpo em determinadas situações.
O estudo foi publicado na revista American Psychologist e analisou 192 voluntários adultos com idades entre 18 e 65 anos. Durante o experimento, os participantes realizaram um exercício simples chamado “chair push-up”, onde os voluntários sentados em uma cadeira levantam o próprio corpo até ficarem suspensos, usando somente a força das mãos.
Enquanto praticavam o exercício, os voluntários precisavam repetir uma palavra em voz alta a cada dois segundos. Parte deles escolheu um palavrão, enquanto os demais repetiam uma palavra neutra, sem carga emocional. Os que xingaram conseguiram sustentar o exercício por mais tempo.
De acordo com os cientistas, o efeito ocorre devido ao impacto psicológico do esforço. Palavrões são palavras emocionalmente carregadas e, quando usadas em momentos de tensão, podem ajudar a reduzir inibições internas, como medo, vergonha ou autocontrole excessivo.
Na prática, isso significa que o cérebro “afrouxa o freio” que normalmente impede o corpo de ir além do desconforto. Com menos bloqueios mentais, a pessoa consegue usar melhor a força que já tem, mesmo que por um curto período.
Ademais, quem usa palavrões com muita frequência pode não sentir o mesmo impacto, já que o cérebro tende a se acostumar ao estímulo. Também é importante lembrar que, fora do ambiente esportivo ou de esforço individual, o uso de palavrões pode ter consequências sociais e não é apropriado em todas as situações.
Portanto, xingar durante algum esforço físico intenso não é apenas uma reação emocional automática. A ciência sugere que palavrões podem ajudar o cérebro a liberar mais força e resistência ao reduzir bloqueios mentais e a percepção de dor. É um recurso simples, rápido e de graça, mas que funciona melhor em momentos específicos e deve ser usado com bom senso.








