Rubim: benefícios, como usar e efeitos colaterais

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O rubim (Leonurus sibiricus), também conhecido como macaé, é uma planta de cerca de 70 cm, nativa da Ásia e dotada de diversas propriedades medicinais. A planta floresce anualmente produzindo flores de cor púrpura. 

O rubim se adapta bem a condições climáticas adversas, por isso apresenta facilidade de crescimento e reprodução, sendo mais facilmente encontrado nos estados da zona costeira do Brasil, especialmente no sul e sudeste.  

Seu uso mais comum é na forma de chá, tradicionalmente aplicado ao tratamento de doenças cardiovasculares, irregularidade do ciclo menstrual, menopausa e ansiedade. Tais benefícios à saúde provêm dos compostos químicos presentes no rubim, com destaque para os antioxidantes: flavonoides, taninos e triterpenos. 

Rubim
Reprodução: via Wikipedia

Veja quais benefícios o rubim pode oferecer à sua saúde, como fazer o chá da erva e como utilizá-la na pele. 

Bom para o sistema cardiovascular

Em um estudo realizado em laboratório com modelos animais, foi demonstrado que o extrato de folhas de rubim exerceu um efeito antiarrítmico em coelhos com a frequência cardíaca elevada, proporcionando a sua redução. 

Um outro estudo científico explorou os efeitos sedativo (calmante), hipotensor (baixa a pressão) e cardiotônico (aumenta a força de contração do coração) do rubim, já reconhecidos tradicionalmente pela medicina alternativa. 

O estudo foi conduzido com 50 voluntários dotados de pressão alta, ansiedade e distúrbios do sono. Eles foram tratados por 28 dias com extrato de óleo de rubim. Os pesquisadores observaram melhora significativa da pressão alta e dos sintomas de ansiedade, bem como da qualidade do sono desses pacientes. 

Tem efeito neuroprotetor e antidepressivo

Estudos recentes, porém ainda escassos, mostraram que a leonurina, um alcaloide ativo presente no rubim, produz efeitos neuroprotetores. Isso significa que seu uso pode reduzir os riscos de acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson e Alzheimer. 

Além disso, a substância parece proteger o cérebro contra a neuroinflamação que determina o desenvolvimento da depressão pelo estresse crônico. Pesquisadores observaram em estudos com modelos animais que a leonurina exerce efeito antidepressivo no cérebro de camundongos com comportamentos depressivos devido ao estresse crônico induzido. 

Alivia as cólicas

Tradicionalmente, o chá de rubim é usado para aliviar dores estomacais e cólicas menstruais. Esses benefícios provavelmente são reflexos da propriedade anti-inflamatória dos flavonoides presentes na planta. 

Ao final do artigo, você aprenderá a como fazer o chá de rubim. 

Melhora a cicatrização

O uso tópico do rubim demonstrou a mesma eficácia na cicatrização de feridas e no alívio de inflamações que a pomada dexametasona, um corticosteroide usado no tratamento de várias doenças inflamatórias e pruriginosas (que coçam) na pele. 

Assim, o rubim pode ser usado na pele para tratar picadas de inseto, contusões e dores reumáticas. 

Ao final do artigo, você aprenderá a como usar o rubim na pele. 

Como fazer o chá de rubim

Chá
Uma das formas principais de consumo do rubim é através do chá

Para fazer o chá de rubim, você precisará de:

  • 2 colheres (de sopa) de flores ou folhas de rubim.
  • 1 litro de água fervente.

Modo de fazer:

Ferva a água e, depois, adicione o rubim. Deixe o recipiente coberto por 10 a 15 minutos. Depois é só coar e beber o chá de rubim. 

Como usar o rubim na pele

Para usar o rubim na pele, você terá que fazer um processo de maceração da erva, que é deixá-la em contato com o álcool por, no mínimo, 1 semana. 

Você precisará de:

  • Um maço grande de rubim colhido antes da floração.
  • 300 mL de álcool 70%.
  • 75 mL de glicerina. 

Em um recipiente de vidro, recorte as folhas de rubim em pedaços pequenos. Depois, adicione a solução de álcool misturada com glicerina. Feche o recipiente, deixando as substâncias do rubim serem extraídas durante 1 semana. 

Para usar o rubim na pele, basta embeber um algodão na solução preparada e passar no local da pele que está dolorido. 

Possíveis efeitos colaterais do rubim

Como há poucos estudos realizados em humanos, os efeitos colaterais do rubim não são completamente compreendidos. 

Os efeitos colaterais até hoje relatados foram diarreia, sangramento uterino e dor no estômago, quando a planta foi consumida em excesso. 

Como o rubim exerce efeitos sobre a frequência cardíaca e a pressão arterial, é importante conversar com seu médico ou médica antes de usá-lo diariamente, se você tiver algum problema cardíaco, de pressão ou tomar medicamentos de uso contínuo para tais condições clínicas, como os betabloqueadores (atenolol e propranolol, por exemplo). 

O rubim está entre as ervas não recomendadas para serem consumidas por pessoas que fazem tratamento com varfarina

Como há poucos estudos com o rubim, é aconselhável que gestantes, lactantes e crianças menores de 10 anos evitem a erva. 

Fontes e referências adicionais

Você já tinha ouvido falar sobre o rubim? Qual benefício da planta mais despertou a sua curiosidade? Você se interessa mais pelo chá ou pelo uso na pele? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Esther Costa

Esther Costa é nutricionista - CRN-8 13209/P. Graduada em nutrição pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), atua na nutrição clínica com ênfase na nutrição funcional, buscando avaliar o indivíduo em sua totalidade. Está sempre em busca do aperfeiçoamento por meio de cursos e congressos na área. É curiosa, criativa e proativa, e faz parte da equipe de especialistas do MundoBoaForma.

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