Colônia: propriedades, como usar e efeitos colaterais da planta

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A colônia (Alpinia speciosa ou Alpinia zerumbet) é um tipo de herbácea perene, ou seja, uma erva com ciclo de vida bastante longo. Esta planta pertence à mesma família botânica que o gengibre, a Zingiberaceae, e é originária da Ásia.

A colônia é usada para fins medicinais, com destaque para o tratamento da hipertensão leve ou moderada e da ansiedade e, também, ornamentais, dada a beleza e o aroma suave e agradável da planta. 

Ela pode chegar a 3 metros de altura, com folhagens longas e caules na forma de touceira ou tufo espesso. As flores apresentam a forma de um cacho semi-pendente, em tons de rosa, vermelho, laranja e branco. 

Pode ser que você conheça a colônia pelos seus outros nomes populares: azucena-de-porcelana, gengibre-concha, alpínia, falso-cardamomo, vindicá ou flor-de-cera. 

Veja quais são as propriedades da colônia, como usá-la e quais são seus possíveis efeitos colaterais. 

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Propriedades da colônia

Alpinia
Reprodução: via Wikipedia

A colônia é conhecida pelas seguintes propriedades medicinais:

  • Hipotensiva: diminui a pressão arterial, quando está alta. 
  • Ansiolítica: reduz a ansiedade.
  • Sedativa (tranquilizante): tem uma leve ação calmante.
  • Antiulcerogênica: evita o surgimento de úlceras.
  • Anti-espasmódica: alivia as contrações musculares involuntárias que causam dores no corpo. 
  • Antibacteriana
  • Antioxidante: combate os radicais livres responsáveis pela oxidação e envelhecimento das células. 
  • Diurética

Essas propriedades provêm dos diversos compostos químicos ativos existentes na planta, dentre eles estão:

  • Saponinas
  • Compostos fenólicos
  • Taninos
  • Flavonoides
  • Triterpenos
  • Alcaloides
  • Mono e sesquiterpenos
  • Kavapironas

A principal ação dos compostos presentes na planta é sobre a musculatura lisa dos vasos sanguíneos, levando ao seu relaxamento e dilatação. Dessa forma, há a diminuição da pressão arterial, quando encontra-se acima dos níveis normais. 

A mesma ação depressora (relaxante) ocorre no sistema nervoso central e, por isso, a planta auxilia em quadros ansiosos. No Japão, o chá de colônia é usado para tratar a insônia, uma possível consequência do excesso de ansiedade. Veja outras opções naturais e de remédios para insônia

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Você verá como preparar o chá de colônia no próximo tópico deste artigo. 

Também no Japão, as folhas de colônia são usadas para enrolar bolinhos de arroz. Na Indonésia, o rizoma, a parte que é parecida com o gengibre, é usado para temperar o arroz. 

Como usar a colônia

Você encontra a colônia em lojas de produtos naturais na forma de cápsulas contendo o extrato da planta em pó e, também, na forma de tinturas. 

A dose recomendada das cápsulas contendo o pó é de 20 a 40 mg para cada quilograma corporal. O resultado dessa conta é referente a dose diária total, que pode ser dividida em 3 ou 4 tomadas. 

A dose recomendada da tintura é de 25 a 40 gotas, 3 vezes ao dia. 

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Como fazer o chá de colônia

Chá
Pode-se utilizar as folhas ou flores para fazer o chá de colônia

Para preparar o chá de colônia basta ferver 1 xícara de água (240 mL) e, depois de fervida, adicionar 1 colher de chá de colônia. Você pode usar folhas ou flores, se optar pelas flores, obterá um chá cor de rosa.

Você pode fazer um volume maior do chá de colônia e adicioná-lo à água de banho do bebê ou da criança para baixar a febre ou para ajudar a tranquilizá-la para dormir.  

Efeitos colaterais

Não há ainda nenhum registro de efeito colateral pelo uso da colônia, mas recomenda-se que pessoas com pressão baixa ou que fazem tratamento medicamentoso para baixar a pressão não usem a colônia, pois os efeitos podem ser intensificados. 

Também não é recomendado que gestantes e lactantes utilizem a planta, devido a falta de estudos comprovando a segurança nesses grupos. 

Como a planta produz baixa toxicidade, pode ser usada por crianças e idosos. 

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Fontes e referências adicionais

Você já conhecia a colônia? Qual benefício da planta mais te surpreendeu? Qual forma de tratamento mais te interessou, cápsulas, tinturas ou chá? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Akemi Martins

Dra. Akemi Martins Higa é bióloga, formada pela Universidade Federal de São Carlos em 2011. Doutora na área de Medicina Tropical e Saúde Internacional, com ênfase em doenças neurodegenerativas, pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de nanotecnologia e imunologia aplicada ao diagnóstico de neuromielite óptica e esclerose múltipla. Para mais informações, entre em contato.

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