A trombose na gravidez é a formação de coágulos em vasos sanguíneos, que bloqueiam a passagem do sangue pelo local acometido. Este problema na circulação sanguínea é responsável por alguns casos de inchaço, vermelhidão, dor e sensação de peso na perna.
O período da gestação é marcado por mudanças hormonais e físicas importantes, que podem dificultar a circulação sanguínea, especialmente na perna. A compressão do útero na região pélvica é um dos fatores que contribuem para a formação de coágulos capazes de obstruir alguns pontos dos vasos sanguíneos.
A trombose é um problema potencialmente grave, que deve ser tratado em todas as circunstâncias, principalmente durante a gravidez.
Veja mais detalhes sobre o que é a trombose na gravidez, os principais sintomas, quais são os riscos, os tratamentos e como evitar o problema.
Trombose é a obstrução do fluxo sanguíneo em um vaso, que pode ser uma veia ou artéria, causada por um coágulo ou trombo.
A trombose pode ocorrer em veias superficiais, em veias profundas ou em artérias. Na gravidez, é mais comum ocorrer a trombose venosa profunda, também conhecida como TVP. Mas ela também pode afetar vasos e artérias da placenta ou do cordão umbilical.
Ao comparar mulheres gestantes e não gestantes, as primeiras têm até 6 vezes mais chances de desenvolver trombose venosa profunda. O crescimento do útero e o peso neste órgão alteram a circulação sanguínea, sobretudo nas pernas.
A trombose na gravidez é um fator determinante para o aumento das taxas de morbidade e mortalidade da mãe e do bebê, por isso é importante conhecê-la e tratá-la adequadamente.
A trombose na gravidez produz alguns sintomas que podem ajudar a identificá-la:
Uma gestante não costuma apresentar todos esses sintomas de uma só vez, pois eles variam conforme o tipo de trombose que ela apresenta. Em todo o caso, a identificação do problema e o tratamento são fundamentais para prevenir complicações para a gestante e para o bebê.
Os tipos de trombose que podem afetar as gestantes são:
Durante a gravidez, o risco da mulher sofrer com uma trombose é maior, porque a alteração hormonal aumenta a capacidade de coagulação do sangue. Quanto maior é a capacidade de coagulação sanguínea, maiores as chances de haver formação de coágulos, ou trombos, nos vasos sanguíneos.
Provavelmente, essa maior tendência à coagulação do sangue seja uma resposta evolutiva de proteção da mãe e do bebê, para reduzir os riscos de hemorragia durante o parto.
O risco de trombose é o mesmo durante todo o período de gestação, inclusive nos três meses após o parto. Mas o pico de incidência de trombose na gravidez ocorre no segundo trimestre da gestação.
Além disso, a perna esquerda é afetada com mais frequência do que a direita, devido à compressão da veia ilíaca esquerda pela artéria ilíaca direita, ao atravessá-la.
Apesar da gravidez ser um fator de risco, por si só, existem outros fatores que podem deixar a gestante mais suscetível ao problema:
Ao sentir uma dor repentina na perna, que piora com o passar do tempo e é acompanhada de inchaço, vermelhidão, aumento da temperatura local, endurecimento da pele e aparecimento de veias saltadas, a mulher deve buscar atendimento médico imediatamente.
Isso porque a trombose é um problema de saúde bastante grave, que pode evoluir para uma embolia pulmonar, caso o trombo se desloque em direção aos pulmões, pelo fluxo sanguíneo. Nesse caso, a gestante desenvolve falta de ar, dor no peito e elimina sangue na tosse.
Quando o coágulo se forma na placenta ou no cordão umbilical, a mulher não apresenta sintomas. Mas a percepção de diminuição dos movimentos do bebê pode ajudar a identificar um problema na circulação sanguínea nessas estruturas. Por isso, ao notar qualquer anormalidade, vale procurar atendimento médico.
O tratamento da trombose na gravidez é feito com injeções de heparina, um anticoagulante que serve para dissolver os coágulos existentes e prevenir a formação de novos.
Normalmente, após a identificação do problema, o tratamento é mantido até o final da gravidez e algumas semanas após o parto, geralmente 6. Isso porque no parto, muitas veias são rompidas na região abdominal e pélvica, podendo levar ao acúmulo de sangue e formação de coágulos.
Ter um sangramento superior a 1 litro durante o parto e necessitar de transfusão são sinais de risco aumentado (de até 30 vezes) de trombose pós-parto. Essas mulheres são tratadas com anticoagulantes, meias de compressão e incentivo à movimentação o mais rápido possível após o parto.
Existem alguns cuidados durante a gravidez que podem diminuir os riscos de ocorrer a formação de coágulos nos vasos sanguíneos. Discuta esses cuidados com seu médico ou médica, para saber quais são os mais indicados ao seu caso:
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