Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram mostrar que altas doses de vitamina D podem evitar que a esclerose múltipla progrida com rapidez.

O estudo foi publicado na revista científica JAMA e contou com 303 pacientes que tinham síndrome clínica isolada, uma “prévia” da esclerose múltipla que ainda não desenvolveu sintomas ou ainda não têm progressão suficiente para fechar o diagnóstico.
Metade dos pacientes tomou uma dose exagerada de vitamina D duas vezes por mês, enquanto a outra metade tomou um placebo. Os participantes foram acompanhados por dois anos. Caso desenvolvessem algum sintoma de esclerose múltipla ou os exames mostrassem progressão da doença, eles seriam excluídos do estudo para tomar medicamentos que pudessem aliviar os sintomas.
No grupo que consumiu a vitamina D, 60% dos participantes eventualmente desenvolveu sintomas da esclerose múltipla e os sintomas começaram por volta de 432 dias após o início da administração do suplemento. No entanto, entre os que tomaram placebo, 74% foi diagnosticado com atividade da doença e ela começou com 224 dias, em média.
Os pesquisadores apontam que, apesar de mostrar resultados positivos, ainda é necessário fazer mais estudos com a vitamina D para entender e confirmar o processo.
Alguns pacientes com esclerose múltipla já tomam suplemento – em média, 5 mil unidades internacionais da vitamina D. No estudo, foram usadas 100 mil unidades. Entretanto, ainda há uma preocupação dos médicos com relação ao acúmulo de cálcio no corpo, uma vez que a vitamina D está envolvida no processo de regulação dos níveis do mineral. Seu excesso pode causar danos nos rins e no coração.