Ter amigos é bom demais, não é mesmo? Ter alguém para conversar nos dias mais difíceis, desabafar as frustrações e decepções, contar as novidades do dia a dia, se divertir e até quem seja um companheiro de academia, para deixar os dias de treinamento mais divertidos e incentivar quando você não estiver com muita vontade de malhar. Mas além de todas essas coisas boas, você sabia que ter amizades também ajuda a deixar o nosso corpo mais saudável?
Foi isso o que revelou um estudo feito pela Universidade de Concórdia, no Canadá. O psicólogo Jean-Philippe Gouin e sua equipe acompanharam durante cinco meses a vida social de estudantes estrangeiros que tinham se mudado recentemente para o país. O objetivo da pesquisa era saber o quão solitários essas pessoas se sentiram durante o período.
De acordo com a Revista Superinteressante, os pesquisadores avaliaram esses estudantes por meio de questionários e também monitoraram a variabilidade da frequência cardíaca desses jovens. Quanto menor fosse a variação registrada nos testes, maior seria a chance dos participantes no estudo desenvolverem problemas de saúde, especialmente aqueles que são ligados ao coração.
O resultado obtido nessas avaliações foi que aqueles estudantes que logo conseguiam formar um grupo de amigos no novo país apresentaram maior variabilidade da frequência cardíaca, o que indica que estavam mais saudáveis.
Sobre a conclusão do estudo, o psicólogo Jean-Philippe Gouin disse: “A mensagem é clara: aproximem-se de outras pessoas”, segundo a Revista Superinteressante.
Outras pesquisas apontaram que a solidão pode matar
Ter amigos não apenas pode nos deixar mais saudáveis, como não tê-los e ser uma pessoa solitária pode diminuir os anos de vida e aumentar o risco de morte, como revelaram duas pesquisas dos Estados Unidos.
A primeira, feita por médicos americanos e divulgada em 2012, avaliou a morte de 45 mil pessoas. Aproximadamente 20% delas levava uma vida solitária, o que tirou, em média, quatro anos da vida deles. O grupo que não se aplicou a essa regra foi o dos velhinhos com mais de 80 anos.
A explicação dos pesquisadores é que quem se isola socialmente, fica mais estressado, longe do acesso a um sistema de saúde e com maiores riscos de desenvolver algum problema no coração, de acordo com a Revista Superinteressante.
Outra questão é que viver sozinho não permite que se receba uma influência positiva de outros, como palavras que levantem o humor, conselhos em relação a algum problema ou até alguém que perceba algum sintoma relacionado a uma doença e dê a dica de que é hora de procurar um médico.
Já o segundo estudo – realizado pela Divisão de Geriatria, do Departamento de Medicina da Universidade da Califórnia em 2012 – acompanhou a vida de 1 mil voluntários, com idade de 70,9 anos em média, durante o período de seis anos e chegou a conclusão de que para os participantes da pesquisa que se sentiam sozinhos, a chance de morrer era 9% maior do que para quem vivia cercado de amigos e que para os solitários o risco de ter algum problema nas atividades motoras crescia em torno de 12%.