Kimberly Williams-Paisley, 53 anos, passou dois anos sem conseguir falar devido a um problema de saúde. A atriz conhecida por interpretar Annie na comédia “O Pai da Noiva”, de 1991, recordou o longo período de desespero que enfrentou enquanto corria atrás de um diagnóstico.
A artista notou a sua voz enfraquecida pela primeira vez em novembro de 2022, enquanto participava do evento anual que organiza para arrecadar fundos em prol da pesquisa sobre a doença de Alzheimer. “Coloquei o microfone na boca, e não saiu nada. Foi aterrorizante”, descreveu em entrevista à revista norte-americana People.
Na época, a estrela tentou contornar a situação com “chá quente e repouso”, mas de nada adiantou. Williams-Paisley percebeu uma piora no quadro e decidiu procurar ajuda profissional. Mesmo depois de a artista passar por treinamento vocal, acupuntura e fisioterapia, não houve progresso.
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“Minha voz soava fraca, mas eu não me sentia assim. Fui para o banheiro e chorei. Algumas amigas me ajudaram”, desabafou, antes de reforçar a “tristeza e ansiedade” que tomaram conta de sua vida no período.
Diagnóstico
Depois de meses, Williams-Paisley recebeu o diagnóstico correto: disfonia por tensão muscular. A atriz explicou que os seus “músculos do pescoço estavam tensionando e fazendo com que as cordas vocais se chocassem”.
Ela passou por um tratamento para aliviar a tensão dos músculos, já que suas cordas vocais não estavam visíveis, usou antidepressivos, aparelho para os dentes, além de ter tentado uma dieta vegana, hipnose e até mesmo uma consulta com um astrólogo. Após isso tudo, Kimberly voltou aos médicos que a diagnosticaram.
Depois de uma nova análise, os profissionais apontaram que as cordas vocais não estavam se encontrando onde deveriam e a provável causa disso era um vírus. “Assim que recebi o diagnóstico, meu corpo relaxou. A vergonha e a culpa se dissolveram. Era um grande problema técnico, não algo que eu fiz de errado”, afirmou.
Williams-Paisley passou por uma laringoplastia e teve uma parte do problema corrigido, embora ainda sinta sua voz cansada após falar por muito tempo e não possa gritar. “Precisei lutar para ser escutada. Agora, não importa como esteja minha voz física, minha voz interna está mais forte. Me sinto mais confiante e me conheço melhor”, refletiu, por fim.