Demência frontotemporal: O que é a doença de Bruce Willis?

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Na quinta-feira, 16 de fevereiro, a família do ator Bruce Willis, de 67 anos de idade, emitiu uma declaração nas redes sociais informando que ele foi diagnosticado com demência frontotemporal. Em 2022, foi divulgado que Bruce Willis estava com afasia, um distúrbio de linguagem que afeta a forma como uma pessoa se comunica.

Os parentes do ator norte-americano explicaram que desde o anúncio que ele tinha afasia, a condição de Bruce Willis progrediu e ele recebeu um diagnóstico mais específico de demência frontotemporal. Segundo a família, os problemas de comunicação são apenas um dos sintomas da doença do ator.

Bruce Willis
Foto escolhida pela família para anunciar o diagnóstico de Bruce Willis – Imagem: Reprodução Instagram/@brucewillisbw

A notícia acaba sendo um baque para o público, acostumado a ver o ator em filmes como “Duro de Matar” e “O Sexto Sentido”. Mas, do que exatamente se trata a demência frontotemporal que atinge Bruce Willis?

Bem, a doença faz parte do grupo das demências progressivas, ou seja, que progridem e não são reversíveis. No entanto, ela é um pouco diferente das demências mais conhecidas, que atingem pessoas mais velhas. A demência frontotemporal afeta em grande parte pessoas de meia-idade, entre os 45 e 65 anos de idade.

O termo demência frontotemporal engloba um grupo de doenças caracterizadas pela quebra de células nervosas e das suas conexões nos lobos frontais e temporais do cérebro. Essas áreas geralmente estão associadas a questões como personalidade, comportamento e linguagem.

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Sintomas

Portanto, conforme essas áreas encolhem (atrofiam), podem surgir mudanças na personalidade, no comportamento e na linguagem da pessoa, como ocorre na afasia. Os sintomas da demência frontotemporal também podem afetar o pensamento, o julgamento e o movimento do paciente.

Isso pode se traduzir em um comportamento social inapropriado, falta de julgamento, se distrair com facilidade e/ou problemas motores como fraqueza muscular e temores.

No entanto, os sintomas e a ordem em que eles aparecem podem variar de pessoa para pessoa e dependem de quais partes dos lobos frontais ou temporais são afetadas. Por isso, pode ser difícil saber exatamente qual tipo de demência frontotemporal um paciente tem.

Em um quadro de demência frontotemporal comportamental, a pessoa raramente tem problemas de memória, mas apresenta dificuldade para planejar e sequenciar seu pensamento e para definir prioridades. Ela pode repetir a mesma atividade ou palavras várias vezes, perder o interesse pela vida e agir com impulsividade, falando palavras inapropriadas ou fazendo coisas embaraçosas.

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Já na afasia progressiva primária, o paciente pode ter dificuldade para falar, entender ou encontrar palavras, pode arrastar as palavras e, com o tempo, não conseguir reconhecer rostos e objetos familiares. Alguns podem até ficar mudos.

Há ainda os distúrbios DFT (sigla para demência frontotemporal) do neurônio motor que, principalmente no início, podem não afetar a memória, cognição, linguagem ou comportamento. Os primeiros sintomas podem incluir a incapacidade de controlar movimentos, problemas de equilíbrio e a dificuldade em olhar para baixo ou em outros movimentos oculares (paralisia supranuclear progressiva).

Fatores de risco

Estima-se que 10% a 30% dos casos de demência frontotemporal são hereditários. Além da genética, não existem outros fatores de risco conhecidos, porém os pesquisadores estão estudando o papel que a tireoide e a insulina podem exercer no início da doença.

Tratamento

Não existe cura ou uma maneira de retardar a doença, embora existam tratamentos para alguns dos seus sintomas e para melhorar a qualidade de vida do paciente. Por exemplo, remédios para reduzir a agitação, irritabilidade ou depressão e sessões com fonoaudiólogo, fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional. 

Conforme a demência frontotemporal progride, o paciente passa a precisar de cuidado em tempo integral. Em média, as pessoas vivem por oito a 10 anos após o diagnóstico, mas alguns pacientes vivem por muito mais tempo do que isso. Com informações da BBC, da CNN e da Mayo Clinic.

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