Escovar os dentes com regularidade e cuidar da saúde bucal pode afastar a pressão alta, de acordo com uma nova pesquisa. Um estudo com mais de 36.500 mulheres idosas descobriu que aquelas que haviam perdido os dentes tinham 20% mais chances de desenvolver a doença.
Melhorar a higiene dental pode reduzir o risco de um distúrbio grave que afeta mais de um quarto dos adultos, segundo os cientistas, que pode levar a ataques cardíacos, derrames, demência e outras doenças potencialmente fatais.
Uma possível explicação para a ligação é que, à medida que as pessoas perdem dentes, elas podem mudar suas dietas para alimentos mais macios e processados, para que mastiguem menos, e assim diminuem o fluxo sanguíneo.
Essas alterações nos padrões alimentares podem estar associadas a mais casos de hipertensão.
O professor Jean Wactawski-Wende, da Buffalo University, em Nova York, disse: “Essas descobertas sugerem que a perda de dentes pode ser um fator importante no desenvolvimento da hipertensão”.
O estudo, publicado no American Journal of Hypertension, segue uma série de pesquisas anteriores ligando doenças nas gengivas à pressão alta. Agora, em uma das pesquisas mais completas até o momento, o dr. Wactawski-Wende e colegas acompanharam mulheres pós-menopausa nos EUA por 18 anos.
As participantes do Estudo de Observação da Iniciativa de Saúde da Mulher foram acompanhadas anualmente após a avaliação inicial da saúde da gengiva, em 1998, até 2015.
Os pesquisadores identificaram uma conexão significativa.
Wactawski-Wende disse que o estudo sugere que mulheres mais velhas na pós-menopausa que estão perdendo os dentes podem representar um grupo com maior risco de pressão alta.
Sua equipe afirmou que uma melhor higiene dental entre este grupo – bem como medidas preventivas, como monitoramento mais próximo da pressão arterial, modificação da dieta, atividade física e perda de peso – pode protegê-los.
Os resultados também indicam que a perda dentária pode servir como um sinal de alerta clínico para o desenvolvimento da hipertensão – oferecendo a chance de cortá-la pela raiz.
O Dr. Wactawski-Wende acrescentou: “Pesquisas adicionais podem nos ajudar a determinar os mecanismos subjacentes pelos quais essas duas doenças comuns estão associadas”.
Acredita-se que as bactérias nas gengivas possam entrar na corrente sanguínea e passar para outras partes do corpo – causando inflamação.
Cerca de 80% das pessoas com mais de 55 anos têm evidências de doença na gengiva. 40% das pessoas entre os 65 e os 74 anos têm menos de 21 dos seus dentes originais – metade das quais relatou doença gengival antes de perderem os dentes.
Os especialistas aconselham as pessoas a escovar os dentes duas vezes por dia – e usar fio dental regularmente.
Nunca imaginei, preciso me policiar, muito bom este artigo ser divulgado é essencial para uma saúde saldável, bjokas.