Leo Stronda, 31 anos, causou polêmica ao falar abertamente sobre o uso de creatina e anabolizantes de cavalo para ganhar músculos. O uso dos itens causa muitos danos à saúde do ser humano, podendo levar, inclusive, à morte.

O fisiculturista fez a revelação durante participação em um podcast: “O que eu fazia: eu ia na veterinária procurar coisas para tomar. Veterinária rural para tomar o que tivesse para tomar”.
“De hormônio e suplemento, eu tomava creatina para cavalo. O cara pegava um tonel, pegava com uma pá de jardim, botava em um saco plástico comum de supermercado e me dava”, detalhou.
“(…) Vinha com feno, com areia, e eu misturava na água e mandava para dentro. Os cavalos tomavam 2 ml e nós tomávamos 2 ml para ir treinar. O cavalo tinha 1.000 kg, a gente não tinha nem 100 kg ainda”, apontou.
Stronda notou alguns efeitos colaterais imediatos: “Eu ficava com cheiro de animal, língua azul, querendo comer o mundo”.
Entretanto, em uma publicação antiga no Instagram, o fisiculturista foi questionado sobre o uso de anabolizantes e negou que ingerisse qualquer item ilegal. “Sem tomar nada, hein. Só whey, creatina e vitamina”, respondeu na ocasião.
Anabolizantes são proibidos no Brasil
Desde 2023, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a indicação das substâncias com finalidade estética ou de ganho de performance.
Muitos são os efeitos negativos do uso de anabolizantes. Um trabalho postado na revista científica DRUG and Alcohol Dependence, em 2019, mostra que existe um risco nove vezes maior de desenvolver problemas como:
- Infertilidade
- Problemas cardiovasculares
- Aumento da pressão sanguínea
- Tumores e inflamações no fígado e pâncreas
- Alterações nos níveis de coagulação sanguínea e de colesterol
- Aumento da agressividade (o que pode resultar em comportamentos violentos)
- Perda de libido
- Atrofia dos testículos
- Masculinização de mulheres, com crescimento de pelos e engrossamento da voz , entre muitos outros
De acordo com o texto do CFM, pessoas só podem usar anabolizantes “em caso de deficiência específica comprovada, de acordo com a existência de nexo causal entre a deficiência e o quadro clínico ou de deficiências diagnosticadas cuja reposição mostra evidências de benefícios cientificamente comprovados”.