Grávida Pode Amamentar?

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Saiba se uma mulher grávida pode amamentar ou se ela deve esperar e procurar alternativas caso engravide de novo muito rapidamente após o parto.

Para muitos casais, formar uma família e ter uma casa cheia de filhos é o sonho de uma vida. E enquanto alguns preferem esperar alguns anos entre uma gestação e outra, existem aqueles que optam por ter um neném logo depois do outro, para que os filhos tenham uma idade próxima.

Ou então, por algum descuido do casal ou pela falha do método contraceptivo escolhido, uma segunda gravidez inesperada e não planejada pode acontecer pouco tempo depois da primeira, enquanto o filho mais velho ainda é amamentado.

Qualquer que seja o caso, é importante saber que duas gestações próximas exigem diversos cuidados, além de um acompanhamento médico individualizado e frequente para sanar todas as dúvidas e saber o que a mulher pode e o que não pode fazer em prol de sua saúde e da saúde das crianças.

Por exemplo, vale a pena, além disso, saber quais são os alimentos perigosos para mulheres grávidas que elas devem evitar na dieta e também aqueles alimentos essenciais na gravidez.

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Mas será que uma grávida pode amamentar?

Uma das dúvidas que pode surgir na mente da mulher que descobre uma gestação enquanto ainda está na fase do aleitamento do filho mais velho é se uma mulher grávida pode amamentar.

Segundo a Associação Americana da Gravidez, algumas mamães se preocupam que o aleitamento durante a gestação possa provocar leves contrações uterinas. Entretanto, a organização afirmou que em uma gravidez saudável essas contrações não costumam ser uma preocupação, já que elas geralmente não causam o parto prematuro.

A instituição explicou que durante a amamentação há a liberação de ocitocina, um hormônio que estimula contrações, porém, essa liberação acontece em quantidades pequenas, que não são suficientes para provocar o parto prematuro.

Para a Associação Americana da Gravidez, essas contrações também são inofensivas para o feto e raramente aumentam as chances de aborto. E, embora uma pequena quantidade de hormônios da gestação passe ao leite, a organização acredita que esses hormônios não representam um risco para a criança.

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No mesmo sentido, a médica ginecologista e obstetra Shannon Laughlin-Tommaso indicou que uma mulher grávida pode amamenta desde que tenha o cuidado de seguir uma alimentação saudável e consumir bastante líquidos.

A especialista também mencionou que embora o aleitamento possa desencadear as leves contrações uterinas, já citadas pela Associação Americana da Gravidez, essas contrações não são uma preocupação para uma gravidez sem complicações.

Entretanto, o mais seguro e ideal para a mulher que ainda amamenta e acabou de descobrir que está grávida novamente é consultar o médico para saber se deve continuar com o aleitamento da criança mais velha.

Quando você descobre que está esperando um neném novamente, deve conversar com o seu médico sobre o seu histórico e a sua saúde. O seu médico pode ajudar a tomar a melhor decisão a respeito de continuar ou não a amamentar.

Lembre-se de que este artigo serve somente para informar e jamais pode substituir as orientações profissionais, qualificadas e embasadas do médico.

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Podem haver contraindicações

A Associação Americana da Gravidez também informou que embora amamentar durante a gravidez possa ser considerado seguro, em alguns casos o desmame pode ser recomendado.

Isso inclui as gestações de alto risco ou com risco de parto prematuro, as gestações de gêmeos, os casos em que a mulher recebeu a orientação médica para não fazer sexo durante a gravidez e as grávidas que têm sangramento ou dor no útero, completou a organização.

Quando a mulher já teve um aborto anteriormente, já passou por um parto prematuro em uma gestação prévia ou não está ganhando uma quantidade saudável de peso na gravidez, o médico também pode recomendar o desmame.

“Se você experimentar esses sintomas, converse com o seu médico para determinar se o desmame seria a melhor opção para você, para o seu lactente (filho que ainda mama) e para o seu filho que ainda não nasceu”, orientou a Associação Americana da Gravidez.

Fatores que devem ser levados em conta antes de optar pelo desmame

Antes de optar pelo desmame, é necessário que os pais e os médicos que acompanham a gestação e a saúde da criança mais velha considerem se a mulher e o pequeno que ainda mama estão prontos para isso, apontou a Associação Americana da Gravidez.

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Isso depende de fatores como a idade e a personalidade da criança, os padrões da amamentação e as respostas físicas e psicológicas do filho mais velho em relação à gravidez da mãe, esclareceu a organização.

Por exemplo, se por um lado a criança pode estar muito apegada à amamentação, por outro, no quarto e quinto mês da gestação pode haver uma diminuição no fornecimento de leite, que pode provocar mudanças no leite e torná-lo desagradável para o filho mais velho, fazendo com que ele esteja pronto para o desmame antes de esperado, explicou a instituição.

A médica ginecologista e obstetra Shannon Laughlin-Tommaso esclareceu que ainda que o leite materno permaneça nutricionalmente adequado durante a gravidez, ele também sofre com mudanças em seu conteúdo, que podem alterar o sabor que ele apresenta.

Quando o bebê nasce, ele recebe o primeiro leite materno chamado colostro. Então, conforme a gestação progride e o corpo se prepara para o nascimento do novo neném, o leite materno vai mudar do leite maduro que a criança mais velha recebe e voltar a ser o colostro.

O colostro é cheio de anticorpos e nutrientes, o que significa que ele ainda é bom para o filho mais velho. Ele é um laxante natural, que serve para ajudar os recém-nascidos a fazerem o seu primeiro cocô, conhecido pelo nome de mecônio. Portanto, a criança que é amamentada por uma mãe grávida pode ficar com as fezes moles.

Além disso, a ginecologista e obstetra Laughlin-Tommaso destacou que o ato de amamentar enquanto grávida pode gerar desconfortos e ser desafiante para a mulher, por conta da fadiga, da sensibilidade nos mamilos e da dor nas mamas que uma gestação pode provocar.

Qualquer que seja a escolha, o que não pode deixar de ser feito é o monitoramento da saúde e do desenvolvimento da criança mais velha, com um cuidado especial para os bebês com menos de seis meses de idade que dependem exclusivamente no leite materno, indicou a Associação Americana da Gravidez.

Segundo a organização, pode ser necessário complementar ou suplementar a alimentação do filho mais velho para assegurar que ele esteja apropriadamente nutrido.

Se a sua criança que está sendo amamentada tem menos de um ano de idade e você perceber uma diminuição do suprimento de leite, converse com o pediatra. Você pode precisar dar fórmula infantil em adição ao aleitamento para certificar-se de que o bebê receba o que necessita.

Já no caso de uma criança com mais de um ano, que já deve estar consumindo alguns alimentos sólidos, a amamentação até pode continuar, porém, pode ser necessário começar a dar leite integral ou uma fórmula como suplemento.

A importância da alimentação

Se depois de conversar com o médico, for decidido que a grávida pode amamentar, é importante que ela esteja ciente da necessidade de cuidar da alimentação nos primeiros meses da gravidez pelo bem da saúde da criança que amamenta e do neném que carrega.

É importante contar com o acompanhamento do médico e do nutricionista para definir os padrões dessa dieta, conferir se a gestação está progredindo como deve e se a mãe está ganhando peso suficiente.

Por exemplo, a quantidade exata de calorias que precisarão ser adicionadas ao plano alimentar da mulher depende da idade do filho que ainda mama. Isso sem contar as necessidades nutricionais da mulher e de cada uma das crianças.

Vale registrar que o organismo precisa de muita energia para produzir o leite materno e que são necessários nutrientes para o bebê em desenvolvimento e para manter a mãe forte e saudável. Por isso, além de cuidar da dieta, é aconselhável que a mulher também reserve um tempo para ter um descanso extra.

Referências Adicionais:

Você já se perguntou se grávida pode amamentar? Conhece alguém que tenha passado por essas gravidezes muito próximas? Comente abaixo!

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