Alimentação nos Primeiros Meses de Gravidez – 10 Dicas Importantes

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Toda gestação é um período único, delicado e que exige atenção e cuidados especiais na vida de uma mulher. Por exemplo, confira como deve ser a alimentação nos primeiros meses de gravidez através de 10 dicas importantes que separamos.

Praticamente toda futura mamãe sente um misto de sentimentos nos primeiros meses de sua gravidez: alegrias misturadas com preocupações, expectativas, medo e muito amor.

E, no meio disso tudo, é normal que surjam uma série de dúvidas sobre alimentação, gravidez e primeiro trimestre. Portanto, como será que deve ser a alimentação nos primeiros meses de gravidez? Veja em detalhes algumas dicas abaixo.

Aproveite para ficar sabendo também alguns alimentos essenciais para grávidas e outros alimentos que devem ser evitados por grávidas por serem perigosos para a saúde da mãe e do bebê.

10 dicas sobre a alimentação nos primeiros meses de gravidez

1. Ter o acompanhamento médico

Esta é a primeira dica porque ela é a mais importante de todas. Por mais que existam recomendações gerais a respeito de como de ser a alimentação na gravidez no primeiro trimestre, cada gestação é única e exige cuidados específicos com acompanhamento individualizado.

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Portanto, ao descobrir que está grávida, a mulher precisa procurar um médico de confiança para acompanhá-la ao longo de toda a gestação e instruí-la a respeito de como a sua alimentação deve funcionar, tendo em vista as suas necessidades e características da sua gravidez em particular.

2. Cuidados com os chás e outros produtos à base de plantas

Existem inúmeras plantas que são proibidas para as gestantes por poderem provocar o aborto ou trazer problemas graves ao bebê ainda em formação. Portanto, antes de sair tomando qualquer chá ou receita com plantas medicinais que alguém oferecer, a grávida precisa consultar o médico para saber se realmente pode utilizar a bebida ou produto em questão.

Melhor do que isso: nossa sugestão é que na sua primeira consulta após descobrir que está esperando um filho, a mulher já questione o médico para saber quais plantas ela pode e quais não pode usar e qual a dosagem e o período de uso em que elas podem ser utilizadas.

3. Aumentar o consumo calórico

De acordo com informações, a gestante deve ingerir aproximadamente 300 calorias a mais do que costumava consumir antes por dia. Por exemplo, se ela seguia uma dieta de 2 mil calorias diárias, agora precisará ingerir 2,3 mil calorias diariamente.

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Logicamente, não é qualquer tipo de caloria que a futura mamãe deve ingerir: em vez de dar lugar às guloseimas cheias de calorias e açúcar e pobres em nutrientes, a alimentação nos primeiros meses de gravidez deve ser composta por alimentos nutritivos.

4. Ter uma alimentação variada

Falando nos nutrientes, para obter todos aqueles que necessita, a gestante deve consumir toda uma variedade de alimentos. Recomenda-se que ela coma de 6 a 11 porções diárias de pães e grãos, de duas a quatro porções de frutas, quatro ou mais porções de vegetais, quatro porções de produtos laticínios e três porções de fontes de proteínas – como carne, aves, peixes, ovos ou nozes por exemplo.

Por sua vez, os doces devem ser consumidos com moderação. Logicamente, esses parâmetros são gerais e cada grávida deve checar com o seu médico quantas porções de cada grupo alimentar ela, em particular, precisa ingerir diariamente.

5. Não precisa comer por dois

O conselho é do National Health Service (Serviço Nacional de Saúde, NHS, sigla em inglês) do Reino Unido, que alertou que a regra vale até mesmo para as mulheres que estejam esperando gêmeos ou trigêmeos.

6. Não descuidar do café da manhã

Para evitar ficar fazendo lanchinhos ao longo do dia com comidas cheias de açúcar e gorduras ruins, o NHS recomenda comer um café da manhã saudável todos os dias.

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Vale a pena incluir frutas e vegetais na refeição, já que, além de fornecerem vitaminas e minerais, esses alimentos contêm fibras, que auxiliam a digestão e podem ajudar a prevenir a prisão de ventre.

7. Evitar a cafeína

O cafezinho pode combinar com o café da manhã ou o lanche da tarde, entretanto, a American Pregnancy Association (Associação Americana da Gravidez, tradução livre) orienta que as gestantes evitem a cafeína durante o primeiro trimestre da gestação para diminuir a probabilidade de sofrer um aborto.

Por se tratar de um diurético, a cafeína favorece a eliminação de líquidos do organismo, o que pode resultar na perda de cálcio, explicou a associação. A organização alertou ainda que pesquisas indicaram que a ingestão de doses elevadas de cafeína está associada a abortos, baixo peso do neném ao nascer, parto prematuro e sintomas de de abstinência no bebê. Veja em mais detalhes se grávida pode tomar café ou não.

8. Lanchinhos saudáveis para a gestante

Quando sentir fome entre uma refeição principal e outra, a grávida deve evitar os lanches ricos em gorduras ruins e/ou açúcar como doces, biscoitos ou chocolate. No lugar disso, a alimentação nos primeiros meses de gravidez deve ser composta por alternativas mais saudáveis como:

  • Saladas de vegetais com cenoura, pepino e aipo, por exemplo;
  • Iogurte natural ou iogurte com baixo teor de açúcar e gorduras;
  • Sopas de vegetais;
  • Figos, damascos ou ameixas secas;
  • Cereal matinal sem açúcar ou mingau com leite;
  • Bebidas com leite;
  • Frutas frescas.

9. Os alimentos que devem ser evitados durante a gestação

A American Pregnancy Association e a NHS informaram quais são alguns dos alimentos que precisam ser evitados pelas gestantes. Essa lista inclui:

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  • Carnes cruas;
  • Bebidas alcoólicas;
  • Frios/carnes frias;
  • Peixes com mercúrio como tubarão, peixe-espada e cavala-verdadeira – o atum enlatado light em pedaços tem menos mercúrio que outros atuns, mas, ainda assim, só pode ser consumido em moderação pelas grávidas;
  • Sushi – alguns peixes usados no seu preparo podem conter níveis elevados de mercúrio;
  • Frutos do mar defumados;
  • Peixes que possam ter sido expostos a poluentes industriais como salmão, bluefish, robalo riscado, lúcio, truta e picão-verde;
  • Ovo cru;
  • Mariscos e moluscos crus como ostras, amêijoas e mexilhões;
  • Queijos de pasta mole como brie, roquefort, camembert, feta, gorgonzola e os de estilo mexicano “queso blanco” e “queso fresco” – a não ser que esteja bem claro que eles foram produzidos a partir do leite pasteurizado;
  • Patê;
  • Vegetais não lavados;
  • Carne de fígado de animais.

10. O uso de suplementos

Caso esteja sofrendo muito com enjoos e náuseas e tenha dificuldade para se alimentar, a gestante pode necessitar de um suplemento para complementar o fornecimento de nutrientes para si mesma e para o seu neném em formação.

Entretanto, ela jamais pode escolher tomar um suplemento por conta própria. A futura mamãe deve explicar a situação para o médico e consultá-lo para saber se precisa realmente tomar um suplemento e saber qual é indicado para o seu caso.

É muito difícil conseguir descobrir por conta própria qual suplemento fornece o que o organismo e o bebê precisam. Já o médico é qualificado para isso e saberá indicar o suplemento apropriado, em uma dosagem, frequência e duração de uso apropriadas para a grávida e o bebê.

Vídeo:

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Fontes e Referências Adicionais:

Você já teve ou está esperando um bebê? Como foi a sua alimentação nos primeiros meses de gravidez? Precisa mudar algum hábito? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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