18 Alimentos Perigosos para Grávidas – O Que Grávida Não Pode Comer?

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A gravidez é uma fase que requer cuidados diversos, especialmente com a dieta. Então, evitar alimentos que oferecem riscos prejudiciais para a futura mãe e para o bebê pode garantir uma gestação mais tranquila, minimizando possíveis complicações.

Com o objetivo de orientar futuras mamães, relacionamos aqui os principais alimentos perigosos para grávidas, que devem ficar longe deles durante a gestação.

Alimentos perigosos para grávidas

A alimentação equilibrada e nutritiva é fundamental para todos, mas as mulheres grávidas precisam dar uma atenção ainda mais especial a este assunto, pois é através da dieta que o bebê receberá todos os nutrientes essenciais para o seu crescimento.

Assim como alguns alimentos para grávidas devem ser incluídos na dieta, outros devem ser eliminados ou ingeridos com moderação nessa fase, porque podem conter bactérias e outras substâncias nocivas que prejudicarão a saúde da mãe e também do bebê que está em formação.

Confira a seguir os alimentos perigosos para grávidas que devem sair do seu cardápio durante os nove meses de gestação.

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1. Peixe que contém altos níveis de mercúrio

Um dos melhores alimentos para gestantes é o peixe, mas é preciso saber escolher, pois durante a gravidez nem todos são adequados. Por exemplo, o tubarão, espadarte, carapau e o peixe-tanque são considerados espécies com alto teor de mercúrio, um elemento que é comumente encontrado nos oceanos, riachos e lagos, e que quando é consumido converte-se em metilmercúrio no corpo humano, que é uma neurotoxina, e sua ingestão pode causar danos cerebrais e atrasos no desenvolvimento do bebê.

Quando for consumir peixe, escolha o salmão, peixe-gato, bacalhau e atum, que além de serem considerados proteínas de qualidade, são ricos em ácidos graxos ômega-3, pobres em calorias, gorduras do tipo saturadas e carregam muitos nutrientes que ajudam a formar o coração, cérebro, além de contribuir também com o crescimento adequado do bebê.

2. Peixes criados em locais que contem poluentes industriais

Além de ingerir apenas peixes com baixo nível de mercúrio, é preciso evitar também aqueles que são criados em córregos, lagos e rios. Comumente esse tipo de “criadouro” contém níveis perigosos de bifenilos policlorados, uma substância que apresenta diversos riscos para a saúde e para o meio ambiente.

Quando grávidas são expostas a esses contaminantes, o bebê pode ser afetado e apresentar dificuldade de ganhar peso, alterações no tamanho da cabeça, assim como dificuldades de aprendizado e problemas de memória. Diante desse cenário, elimine qualquer peixe criado nesses locais, e escolha os de água doce ou peixe selvagem.

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3. Peixes ou mariscos crus

Peixes e mariscos crus devem ser totalmente evitados durante a gravidez. Isso acontece porque o alimento cru pode ser infectado durante o processamento, e conter bactérias nocivas que causam infecções virais, bacterianas e parasitarias, como norovírus, Vibrio, Salmonella e Listeria.

Enquanto algumas dessas infecções deixam a mãe desidratada e fraca, outras podem atravessar a placenta e ser transmitidas ao feto, provocando problemas mais graves, ou até mesmo fatais. Por exemplo, a Listeria pode induzir um parto prematuro, aborto espontâneo, natimorto e outros problemas de saúde graves, e as mulheres grávidas tem riscos aumentados de contraí-la.

Considere que peixes e mariscos crus são alimentos que grávida deve evitar, assim como aqueles que são processados. Ambos podem conter bactérias e a versão processada é rica em sal, um componente que costuma causar aumento da pressão sanguínea e inchaço em diversas partes do corpo, especialmente durante a gravidez.

4. Ovos crus ou mal cozidos

Ovos são boas fontes de proteína e também de vitaminas e minerais, mas quando crus ou mal cozidos, são alimentos perigosos para grávidas. Isso acontece porque a falta ou o cozimento inadequado pode permitir que uma bactéria chamada Salmonella fique viva e cause uma intoxicação alimentar.

Se a mãe for exposta à bactéria, ela pode experimentar diarreia, vômito intenso, dor de cabeça, dor abdominal e febre, condições que podem enfraquecer o sistema imunológico e prejudicar o desenvolvimento do bebê.

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Procure eliminar molhos caseiros, cremes, sorvetes, maioneses preparadas em casa, sobremesas que são feitas com claras em neve ou com ovos inteiros crus, e comer apenas aqueles que são feitos com ovos pasteurizados, como os que são fabricados comercialmente, por exemplo.

5. Carne crua ou mal cozida

Um dos importantes alimentos para gestantes é sem dúvidas a carne. Sua ingestão é importante, principalmente pela quantidade de proteínas e outros nutrientes que contém. No entanto, se estiverem cruas ou mal cozidas, as carnes podem conter toxoplasmose, proveniente de um parasita chamado Toxoplasma ou E.coli, Listeria e Salmonella.

Por exemplo, a toxoplasmose pode provocar sintomas semelhantes aos da gripe, que se tornam presentes algumas semanas após o consumo do alimento contaminado. Outros possíveis riscos dessas bactérias e parasitas são o desenvolvimento de doenças neurológicas graves, incluindo retardo mental, cegueira e epilepsia, e também aborto espontâneo ou morte fetal durante o parto. Sempre consuma carne vermelha, frango e outras versões bem cozidas e de preferência quentes.

6. Carnes processadas

Bacon, presunto, salame, salsichas, linguiça calabresa e outras carnes processadas costumam ser repletas de nitratos, que são conservantes usados para preservar a cor do alimento e prolongar a sua vida útil.

Quando essas substâncias são ingeridas, costumam potencializar as chances de desenvolver câncer nas mães e anormalidades no bebê. Além disso, os altos níveis de sódio e a quantidade de gorduras saturadas tornam esses alimentos perigosos para grávidas.

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7. Açúcar

O açúcar adicionado é um vilão para qualquer dieta, e o seu consumo já está associado ao desenvolvimento de muitas doenças. Ele está entre o que grávida não pode comer porque piora alguns desconfortos da gravidez, como as náuseas, vômitos, constipação e azia.

Outros aspectos prejudiciais ocorrem porque as mulheres que consomem muitos alimentos com açúcar adicionado podem engordar além do necessário, desenvolver diabetes gestacional, o que aumenta o risco de entrar em trabalho de parto prematuramente, ter pré-eclâmpsia e trazer para o bebê mais chances de desenvolver síndrome metabólica no futuro.

8. Leite não pasteurizado

Um dos alimentos perigosos para grávidas é o leite que não passou pelo processo de pasteurização. Este é considerado um dos alimentos que mais transmitem doenças, justamente por carregar bactérias como Salmonella, Listeria, E. coli e cryptosporidium, perigosas tanto para a gestante quanto para o bebê.

Porém, o leite não precisa ser retirado do cardápio, pois a gestante pode escolher as versões que passaram pela pasteurização, um processo que submete o leite a altas temperaturas para matar os micróbios causadores de doenças. Outra alternativa é um leite vegetal como o de soja, de arroz, amêndoas e leite de aveia, que além de serem seguros, contêm nutrientes muito semelhantes ao leite de vaca.

9. Queijos macios

Os queijos macios costumam conter água e são uma porta aberta para bactérias como a Listeria. Por isso, estão entre o que grávida não pode comer. Versões como camembert, roquefort, gorgonzola, brie, feta, queijo azul, queijo fresco, queijo branco não devem ser ingeridas, exceto se passaram pelo processo de pasteurização. Troque-os por queijos duros que não contêm água e são menos propensos a abrigar qualquer bactéria.

10. Gorduras trans

As gorduras trans são consideradas muito nocivas para a saúde. A American Heart Association (AHA) recomenda limitar a ingestão de gorduras trans para menos de 1% da sua ingestão total de calorias, pois assim é possível evitar doenças cardíacas, obesidade, aumento do crescimento fetal e trabalho de parto prematuro.

Tirar da dieta alimentos perigosos para grávidas como fast food, biscoitos ou bolacha recheada, pizzas congeladas, frituras, margarina e outros já é uma grande contribuição. Troque-os por alimentos que contenham ácidos graxos ômega 3, 6, 9 importantes nessa fase e outras opções mais saudáveis como óleo de coco, azeite, abacate e nozes.

11. Frutas e vegetais não lavados

Geralmente, as frutas e vegetais percorrem um longo caminho até chegar à sua mesa, e nesse processo os riscos de contaminação são muito altos. Eles podem estar contaminados com toxoplasmose, que está presente no solo onde as frutas e verduras crescem, e que serão ingeridos se a gestante comer sem lavar.

Como a toxoplasmose é considerada extremamente nociva, é fundamental lavar as frutas e legumes com água corrente. Além disso, sempre que possível descasque ou raspe as superfícies e não consuma partes “machucadas”, pois elas podem estar repletas de bactérias. Se possível, cozinhe esses alimentos, para torná-los mais seguros para o consumo.

12. Sucos não pasteurizados

Sucos feitos com frutas e vegetais podem carregar bactérias, incluindo a E.coli e salmonella, ambas prejudiciais para a mãe e também para o bebê que está em formação. O principal risco está relacionado ao fato do alimento estar cru, pois ele pode conter as bactérias, mas pode acontecer também das frutas e legumes serem mal lavados, antes do preparo.

A solução para evitar qualquer problema é consumir apenas sucos pasteurizados, ou então só beba aqueles que são feitos por você ou alguém de confiança. Uma dica valiosa é lavar bem as frutas e verduras com água corrente, e usar uma escova para tirar toda a sujeira.

13. Bebidas com cafeína

Café, chás, refrigerante e álcool são algumas bebidas que contêm cafeína em sua composição. As mulheres grávidas devem evitar o seu excesso porque ela pode causar um aborto espontâneo e bebês com baixo peso ao nascer.

A recomendação é que o consumo de cafeína não ultrapasse 200mg por dia, então para equilibrar a ingestão dessa substância, opte por bebidas descafeinadas, principalmente no primeiro trimestre, quando o risco de aborto é alto.

14. Saladas de restaurantes

Comumente, os restaurantes oferecem saladas para acompanhar os seus pratos, especialmente a Caesar, aquelas que levam presunto, frango, ovos crus e frutos do mar. Porém, elas são consideradas alimentos que grávida deve evitar, principalmente porque podem ter sido contaminadas e conter micróbios nocivos.

Toda essa combinação pode abrigar bactérias do tipo Salmonella e Listeria, que como vimos, são nocivas e podem trazer complicações para a gravidez. Sempre que for comer em um restaurante ou outro estabelecimento, evite os alimentos crus como as saladas, deixe esse tipo de alimento para ser consumido em casa, pois assim você poderá garantir a correta higienização.

15. Brotos crus

Os brotos são alimentos nutritivos, mas na gravidez eles devem ser consumidos apenas cozidos. Quando estão crus podem conter muitas bactérias, especialmente a E.coli, que pode condicionar o nascimento prematuro, aborto espontâneo, natimortos e infecções em recém-nascidos e Salmonella. Essa geralmente é uma condição proveniente da umidade, que é necessária para brotar.

Uma vez que as bactérias se alojam nesse tipo de alimento, é praticamente impossível eliminar, mesmo que você o lave muito bem. Por este motivo, as grávidas são desaconselhadas a comer os brotos crus.

16. Alimentos alérgenos

Alguns alimentos são mais predispostos a causar alergias. Os mais comuns são a soja, trigo, leite de vaca, ovos, amendoim, nozes, amêndoas, avelãs, peixe e mariscos, como o camarão.

Alguns estudos até afirmam que ingerir esses alimentos no início da gravidez pode minimizar as chances do bebê desenvolver alergias e asma no futuro, mas como existem controvérsias, vale conversar antes com o seu médico. No entanto, se você tem uma alergia conhecida a qualquer um deles, procure evitar completamente o seu consumo, pois algumas alergias podem provocar reações graves, algumas até fatais se não forem gerenciadas rapidamente.

17. Alimentos enlatados

Os enlatados são alimentos perigosos para grávidas e até para qualquer pessoa. Acontece que na gravidez os riscos para a saúde são potencializados. O revestimento das latas costuma conter bisfenol, uma substância tóxica que afeta a atividade endócrina fetal e causa problemas de fertilidade, câncer, doenças do fígado e doenças cardíacas em mulheres grávidas. Além disso, os alimentos enlatados podem ter bactérias prejudiciais, devido à sua longa vida útil.

Para não correr qualquer risco, procure consumir os alimentos frescos e bem lavados.

18. Ervas e suplementos

Embora sejam naturais, algumas ervas e suplementos são potentes ao ponto de trazer consequências negativas para a gravidez, tanto para a mãe, quanto para o feto.

Algumas ervas, como a efedrina, a angélica, a kava kava, a ioimba, o cohosh preto e azul, óleo de borragem, o dong quai, poejo e a artemísia, são capazes de estimular as contrações uterinas. Já a nogueira preta, cáscara sagrada, feno-grego, cavalinha, raiz de alcaçuz, saw palmetto, sene, absinto e uva ursi podem causar um aborto espontâneo, o que significa que todas elas devem ser completamente evitadas.

Considerações finais

Os cuidados com a alimentação devem acontecer em todas as fases da vida, mas sem dúvida durante a gravidez essa responsabilidade aumenta, pois o bebê que está em desenvolvimento depende muito desses nutrientes para crescer forte e saudável. Porém, como vimos, alguns alimentos que grávida deve evitar podem comprometer a saúde de ambos.

Evitar alimentos crus, mal cozidos e com a higienização inadequada pode impedir a ingestão de bactérias e parasitas prejudiciais. Também é importante eliminar do cardápio os processados, aqueles contendo açúcar adicionado e substâncias nocivas para evitar o surgimento de doenças, que podem ser impactantes nessa fase.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já conhecia a maioria desses alimentos perigosos para grávidas? Durante sua gestação, chegou a ingerir algum deles? Pretende evitar todos se estiver grávida? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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