O influenciador digital Mateus Aquino viralizou nas redes sociais após publicar um vídeo mostrando sua rotina com uma condição genética rara. Ele tem displasia cleidocraiana, que afeta a formação dos ossos. Por isso, o influencer não possui clavícula.

O vídeo postado por Mateus alcançou milhões de visualizações. “Se você não sabe, eu não tenho clavícula. Isso é uma condição genética chamada displasia cleidocraniana ou síndrome desostose cleidocraniana. Basicamente é uma má formação onde minha clavícula não formou corretamente”, iniciou ele.
Nas gravações, Aquino aparece sem camisa, a fim de mostrar mais detalhes. “Não sei se tem a ver, mas eu sinto que meu trapézio é meio desenvolvido, tipo naturalmente, eu não sei se tem algo a ver com isso, porque meu braço é meio caído. Falam que de costas eu pareço um pino de boliche, mas eu não vou mostrar nesse vídeo porque estou com vergonha”, admitiu.
Devido á condição, Mateus consegue “juntar” os ombros. A displasia cleidocraniana também afeta os dentes: o jovem ainda tem dentes de leite, porque eles demoram mais do que o comum para cair.
Ele também não consegue praticar atividades físicas normalmente. “É difícil porque demora muito para cair os dentes, eu tenho vários dentes de leite aqui… tem que arrancar, é tudo muito caro. O problema é que esse caro é muito raro no Brasil, então assim pra achar um profissional bom, que vai tratar o caso com atenção é um pouco difícil. A falta de clavícula nunca me afetou em nada. O único ponto negativo é que eu tenho um ombro meio caído. Eu tenho uma hipermobilidade, porque o ponto principal é que eu consigo juntar os ombros. Pra mim é normal, porque eu estou acostumado desde criança, mas para as pessoas é uma novidade incrível”, prosseguiu.
O que é displasia cleidocraniana
A condição genética rara é caracterizada por uma malformação hereditária que afeta especialmente o movimento dos ossos do crânio, ombros e dentes.
É comum que vários integrantes de uma mesma família sejam afetados, embora os sinais e sintomas possam variar bastante de pessoa para pessoa. Por isso, é ideal que cada caso seja avaliado individualmente por um profissional da saúde.
Dentre os principais sinais da condição, estão: nariz largo; ombros estreitos e com grande mobilidade; desenvolvimento tardio da dentição; fechamento demorado das fontanelas (moleiras) nos bebês; testa e queixo mais salientes; clavículas encurtadas ou ausentes; palato (céu da boca) mais alto que o normal.
Ademais, a displasia cleidocraniana pode impactar a coluna, levando a problemas como escoliose e estatura baixa. Também é possível que cause alterações nos seios da face, aumentando a predisposição a crises de sinusite.
Geralmente, a condição é transmitida por um dos pais que já apresenta a malformação, mas pode surgir de forma espontânea, em indivíduos sem histórico familiar, devido a uma mutação genética.








