Estar com insulina alta significa que o pâncreas está produzindo quantidades excessivas de insulina, que é o hormônio responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue.
Essa condição pode ser causada por um quadro clínico prejudicial de resistência à insulina, em que o corpo não responde bem a esse hormônio e, por isso, o pâncreas passa a produzi-lo em maior quantidade, a fim de controlar os níveis de açúcar no sangue.
Como consequência do aumento de insulina, os níveis de açúcar no sangue podem ficar excessivamente baixos, fazendo com que a pessoa sinta fome com maior frequência, vontade de comer doces, cansaço excessivo e dificuldade de concentração.
Se você estiver apresentando esses sintomas, procure ajuda médica para fazer alguns exames que revelam se você está com a insulina alta no sangue.
A partir disso, você receberá a indicação do tratamento mais adequado, que pode depender, ou não, de medicamentos. Em muitos casos, apenas mudanças na dieta e estilo de vida são suficientes para reverter o quadro de insulina alta.
Veja mais detalhes sobre níveis altos de insulina no sangue, os sintomas que isso provoca, as possíveis causas e como tratar.
A insulina é o hormônio que faz a glicose, que está circulando no sangue, entrar nas células, onde é metabolizada (processada) e transformada em energia, da qual o nosso organismo depende para sobreviver.
A insulina alta é clinicamente chamada de hiperinsulinemia e ocorre quando seus níveis estão exagerados no sangue.
O pâncreas, que é a glândula que produz a insulina, aumenta a sua produção, para evitar que os níveis de glicose fiquem muito altos no sangue (hiperglicemia).
Esse aumento de produção acontece quando as células do corpo não respondem adequadamente à insulina presente no sangue.
Os principais sintomas que se manifestam quando a sua insulina está alta são os seguintes:
As crianças também podem sofrer com níveis altos de insulina, apresentando um maior grau de irritação, desânimo e dificuldade para se alimentar ou mamar.
Esses são todos sintomas de hipoglicemia reativa, gerada pelo aumento dos níveis de insulina no sangue. Hipoglicemia é um distúrbio causado pela redução dos níveis de glicose no sangue, abaixo de 70mg/dL.
A insulina alta faz com que muitas moléculas de glicose entrem nas células, restando poucas na corrente sanguínea, o que geralmente ocorre após a ingestão de alimentos ricos em açúcar, responsáveis pelos chamados picos de insulina.
Dependendo do nível de hipoglicemia, a pessoa pode desenvolver um quadro grave do problema, que pode levar ao coma e colocá-la em risco de vida. Por isso, é fundamental procurar ajuda médica, caso perceba que você ou alguém está enfrentando uma crise de hipoglicemia.
A principal causa de insulina alta no sangue é a resistência à insulina, uma condição caracterizada pela falta de sensibilidade das células à ação do hormônio insulina, que não consegue transportar as moléculas de glicose para dentro das células, onde são usadas para gerar energia.
Consequentemente, os níveis de glicose no sangue aumentam e o pâncreas passa a produzir mais insulina na tentativa de regular a glicemia.
Em longo prazo, essa condição pode se agravar com a diminuição da produção de insulina pelo pâncreas e aumento da glicemia, resultando em pré-diabetes, posteriormente, diabetes do tipo 2. Veja quais são os principais sintomas da diabetes tipo 2 e como tratar.
A pré-diabetes é uma condição que antecede a diabetes do tipo 2, sendo definida por níveis de glicemia em jejum entre 100 e 125 mg/dL. A partir de 126 mg/dL de concentração de glicose no sangue, a pessoa já é considerada diabética.
A resistência à insulina pode se desenvolver com mais facilidade em pessoas que já apresentam uma predisposição genética e que possuem alguma(s) dessas condições:
Apesar de mais raros, a insulina alta pode ser causada pelos seguintes fatores:
O diagnóstico de insulina alta é feito por meio de exames de sangue, com o qual se verifica a concentração do hormônio por mililitro de sangue, em jejum. A faixa de normalidade é considerada de 3 a 25 µU/mL, sendo que valores acima de 10 µU/mL, já chamam atenção para a necessidade de cuidados.
Há também o teste de tolerância oral à glicose, com o qual se avalia a curva de concentração de glicemia e insulina após 2 horas da ingestão de 75 gramas de glicose. Com este teste é possível diagnosticar os quadros clínicos de resistência insulínica, pré-diabetes e diabetes.
A especialidade médica que trata o problema de insulina alta é a endocrinologia e, algumas vezes, a clínica geral.
Quando a insulina alta é provocada por um problema de resistência à insulina, o tratamento tem como objetivo regularizar os níveis de açúcar no sangue, antes que a situação progrida para uma condição de pré-diabetes e diabetes.
Felizmente, na fase de resistência à insulina, é possível reverter o quadro sem medicamentos antidiabéticos, apenas com mudanças na dieta e estilo de vida:
Veja dicas de dieta e exercícios para quem tem resistência à insulina.
Os exercícios físicos, além de proporcionarem perda de peso, melhoram a resposta das células musculares à insulina, ajudando a diminuir seus níveis no sangue.
Em alguns casos, o médico ou médica pode indicar o uso de medicamentos específicos, que melhoram a absorção de insulina pelas células musculares, adiposas (de gordura) e hepáticas (do fígado).
Nos casos em que a insulina alta é causada por insulinoma ou nesidioblastose, o tratamento é cirúrgico, para a remoção do tumor ou do órgão completo, respectivamente.
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